Uma nova tecnologia solar está pronta para fornecer energia barata a muitos dos mais de 600 milhões de pessoas na África sem acesso a eletricidade confiável.
A inovação na energia solar “fora da rede” está se tornando acessível até para as comunidades mais remotas, permitindo que as pessoas paguem pela eletricidade à medida que necessitem dela, a um valor inferior a meio dólar por dia.
A Lumos Global está entre as empresas que estão lançando a tecnologia na Nigéria, junto com a operadora de telefonia móvel MTN. O diretor-executivo da empresa, Nir Marom, diz que a instalação é simples.
Como funciona: o serviço da Lumos inclui um painel solar doméstico ligado a uma unidade interna de armazenamento e conexão que permite aos clientes acessar quantidades significativas de energia sob demanda, dia e noite. O serviço da Lumos permite aos clientes utilizar um modelo pay-as-you-go (pague pelo que usa), em pequenas quantidades, por mensagem de texto.
“Não é preciso ser eletricista para fazer isso”, diz Marom.
Os preços dos sistemas solares fora da rede despencaram. Agora os consumidores podem dividir o custo alugando o equipamento e pagando pela eletricidade conforme necessitem dela.
A empresa recebeu um financiamento de US$ 50 milhões* da Corporação para Investimentos Privados Internacionais do governo dos EUA (Opic), como parte da iniciativa Power Africa* do presidente Obama.

Começo forte no Senegal
À medida que o setor fora da rede cresce, vários países africanos também estão investindo milhões de dólares em grandes usinas solares da rede. O Senegal abriu uma das maiores da África em outubro, com capacidade para gerar 20 megawatts, suficiente para abastecer 160 mil pessoas.
A diretora-executiva Charlotte Aubin-Kalaidjian dirige a GreenWish Partners, que pagou pela construção.
Segundo ela, a quantidade de eletricidade produzida no Senegal é o dobro do que produziria um parque de energia solar do mesmo tamanho na Inglaterra ou no norte da França.
A Agência Internacional de Energia prevê que quase 1 bilhão de pessoas na África Subsaariana terão acesso a energia da rede até 2040.
Mas meio bilhão de pessoas ainda estarão fora da rede. Os investidores acreditam que a energia solar poderá preencher essa lacuna, além de ajudar a reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
* site em inglês