A agressão do regime iraniano gera aumento nos custos de transporte

Navio-petroleiro em chamas no oceano (© ISNA/AFP/Getty Images)
O regime iraniano é responsável por vários ataques recentes contra navios-petroleiros no Golfo Pérsico, como este que foi atacado por um norueguês em 13 de junho (© ISNA/AFP/Getty Images)

Os ataques do regime do Irã contra navios-petroleiros no Golfo Pérsico estão inflacionando os custos e colocando vidas em perigo. Enquanto isso, demonstram o uso que o regime faz de violência e extorsão a fim de exercer influência na comunidade internacional.

Em um tuíte recente, o secretário de Estado, Mike Pompeo, condenou a Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) por sua tentativa de perseguir uma embarcação britânica perto do Estreito de Ormuz e afirmou que os EUA vão trabalhar com aliados a fim de garantir a segurança marítima e o comércio global

Tuíte:
Secretário Pompeo: Os EUA condenam a tentativa da Marinha da IRGC de perseguir a embarcação do Reino Unido perto do Estreito de Ormuz. Louvamos a Marinha Real pela garantia da liberdade de navegação e continuaremos a trabalhar com nossos aliados para garantir que o regime iraniano não atrapalhe a segurança marítima e o comércio global. @SecPompeo

Brian Hook, representante especial dos EUA para o Irã, disse a jornalistas que os ataques contra vários petroleiros perto do Estreito de Ormuz no Golfo Pérsico demonstram que o regime iraniano continua sua agressão em detrimento do comércio internacional.

Brian Hook sentado, gesticulando (© Nicolas Garriga/AP Images)
Brian Hook, representante especial dos EUA para o Irã (© Nicolas Garriga/AP Images)

“Sabemos que os custos relativos à segurança marítima subiram em decorrência dos ataques marítimos por parte do Irã”, disse Hook a jornalistas durante uma coletiva de imprensa em 28 de junho em Londres. “O Irã, por seu histórico de 40 anos, vive de terrorizar as pessoas, e isso muitas vezes funciona, pois eles agravam a tensão até que haja um abrandamento da pressão.”

Bloomberg relatou em 24 de junho que o custo combinado de fazer seguro para os petroleiros e a carga na região aumentou dez vezes para cerca de US$ 500 mil. O custo de fazer seguro para uma embarcação de US$ 75 milhões, informou a reportagem, um salto dos US$ 30 mil do início deste ano para mais de US$ 200 mil.

Os Estados Unidos estão recorrendo a sanções a fim de pressionar o regime para que acabe, permanentemente, com seu programa armas nucleares e pare de financiar o terrorismo.

Em 11 de julho, a Marinha Real Britânica declarou que evitou que as canhoneiras iranianas impedissem a passagem de um navio-petroleiro no Golfo. A Guarda Revolucionária Islâmica do Irã negou envolvimento. (Os Estados Unidos designaram a IRGC como uma organização terrorista estrangeira em abril.)

Autoridades dos EUA afirmam que o regime ou seus comparsas são responsáveis por ataques contra quatro navios-petroleiros em 12 de maio e contra dois outros em 13 de junho. Embora o regime negue responsabilidade pelos ataques contra os petroleiros, o mesmo reconhece ter ignorado os limites de armazenamento e enriquecimento de material nuclear, violando suas promessas anteriores.

Enquanto isso, autoridades do setor de transporte marítimo alertam sobre o aumento dos custos.

O Conselho Marítimo Báltico e Internacional (Bimco), associação do setor de transporte marítimo, afirmou em 21 de junho que as taxas de frete para transportar 2 milhões de barris de petróleo do Golfo Pérsico para a China mais que dobraram após os ataques de junho, de US$ 9.979 por dia em maio para US$ 25.994 por dia.

“Os custos adicionais de medidas de segurança, bem como os prêmios de seguro mais altos, que subiram acentuadamente após a notícia dos ataques, significam que os proprietários de navios não apenas enfrentarão maiores riscos, mas também custos mais altos ao negociar na região”, diz a Bimco.