
Agricultores de todo o mundo estão utilizando os avanços da ciência agrícola para aumentar o rendimento das colheitas, reduzir a necessidade de pesticidas e alimentar comunidades famintas.
Na Nigéria, por exemplo, o governo recomendou recentemente a primeira cepa* de feijão-fradinho geneticamente modificado para uso comercial, desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa Agrícola da Nigéria na Universidade Ahmadu Bello, em Zaria (no norte da Nigéria), em colaboração com uma rede de pesquisadores africanos, americanos e australianos.
O feijão-fradinho é um alimento básico da Nigéria, mas os insetos que causam a praga chamada broca-da-vagem, Maruca vitrata, podem destruir até 80% de uma colheita comum de feijão-fradinho*. Isso pode forçar os agricultores a usar pesticidas caros e venenosos, geralmente sem equipamentos de proteção adequados. O feijão-fradinho modificado é resistente a insetos, reduzindo a necessidade de pesticidas.

“Eu não queria plantar feijão-caupi [feijão-fradinho] aqui na Nigéria” por causa dos insetos, principalmente os que causam a broca-da-vagem, escreveu o agricultor nigeriano Onyaole Patience Koku quando a cepa modificada foi aprovada em dezembro. “Mas, agora, agricultores como eu e em toda a Nigéria têm uma maneira de derrotar essa terrível praga.”
The #GMO cowpea tastes just the same as conventional varieties and has the same protein and nutrient content. Only difference is it confers near total protection to pod-borer — without the use of #pesticides.https://t.co/mJdBMIlVQx
— Alliance for Science (@ScienceAlly) December 17, 2019
Tuíte:
Aliança pela Ciência: O feijão-fradinho geneticamente modificado tem o mesmo sabor das variedades convencionais e tem o mesmo conteúdo de proteínas e nutrientes. A única diferença é que ele confere proteção quase total à broca-da-vagem, sem o uso de pesticidas.@ScienceAlly #GMO #pesticides
O desenvolvimento dessas culturas resistentes a pragas foi um esforço internacional. Com o apoio da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), o Instituto de Pesquisa Agrícola da Nigéria trabalhou com:
- a Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Commonwealth (Comunidade Britânica de Nações) da Austrália.
- a Fundação Africana de Tecnologia Agrícola.
- a Universidade Purdue, em Indiana.
- o Centro de Ciência Agrícola Donald Danforth, no Missouri.
- o Instituto Internacional de Agricultura Tropical.
Sucesso no mundo
Em Bangladesh, agricultores, de maneira bem-sucedida, já cultivam e comem berinjela geneticamente modificada há anos, aumentando os lucros dos agricultores, de acordo com um estudo de 2019 sobre essa espécie de berinjela* apoiado pela Usaid no âmbito da iniciativa Alimentar o Futuro do governo dos EUA.

Os agricultores que usam berinjela modificada “receberam um aumento de seis vezes nos retornos líquidos, sem efeitos nocivos”, disse Arif Hossain*, chefe da Farming Future Bangladesh. Além disso, os agricultores são capazes de reduzir o uso de inseticida em torno de 61% a 98%, disse ele.
Estudos mostram que as plantas geneticamente modificadas são seguras e, considerando que são tão bem-sucedidas no alívio da fome, cientistas instaram governos a aprovar o uso de culturas geneticamente modificadas para ajudar a alimentar pessoas em todo o mundo.
Avanço da ciência agrícola
Para agilizar o desenvolvimento da biotecnologia agrícola segura e eficaz, o presidente Trump assinou um decreto do Executivo* em 2019, simplificando o processo regulatório.
O presidente disse que adotou a medida “para que os agricultores pudessem ter acesso a avanços científicos cruciais mais rapidamente e colher todos os benefícios da inovação americana por muitos anos no futuro”.
O secretário de Agricultura, Sonny Perdue, disse: “Os avanços da biotecnologia baseados na ciência têm grandes promessas de aumentar a prosperidade rural e melhorar a qualidade de vida das pessoas.”
* site em inglês