Em sua época de estudante, o ex-presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan foi eleito líder estudantil na Faculdade Eureka, em Illinois. O presidente Bill Clinton atuou como representande de classe em seus dois primeiros anos na Universidade de Georgetown e concorreu, embora sem sucesso, para presidente do corpo discente em seu primeiro ano.

Em todo o mundo, as representações estudantis – também chamadas de diretórios acadêmicos – representam os pontos de vista dos estudantes frente à diretoria de suas instituições de ensino superior. Nos EUA, estudantes interessados em política podem ganhar experiência real em governança. Eleitos por seus colegas, eles geralmente servem um mandato de um ano escolar. Mas o que aprendem nesse ano muitas vezes contribui para suas carreiras inteiras.

Resolvendo questões

Em 2012, líderes do conselho estudantil da Universidade da Virgínia, em Charlottesville, exigiram uma explicação pública do conselho diretor da escola após a demissão inesperada da reitora da universidade, Teresa Sullivan. O pedido do conselho, divulgado amplamente pela imprensa, contribuiu para a decisão final do conselho diretor de reintegrar Teresa.

Panfleto de campanha, agora famoso, da Universidade de Georgetown (Wikimedia Commons)

Em maio de 2015, o diretório acadêmico da Universidade do Texas, em Austin, aprovou por uma maioria esmagadora o pedido de remoção de uma estátua do líder dos Estados Confederados, Jefferson Davis. (No início da década de 1860, 11 estados do sul dos EUA, liderados por Davis, se separaram do governo federal, em parte para preservar a escravidão.) O argumento dos estudantes de que a universidade não deveria “perdoar ou promover os valores de Jefferson Davis que são ofensivos para o corpo discente” é um fator importante nessa questão, que ainda não foi decidida.

Além de dar voz às preocupações dos estudantes, as representações estudantis supervisionam orçamentos significativos. Na Universidade do Colorado, grande instituição estadual situada na cidade de Boulder, o orçamento do diretório acadêmico é de colossais US$ 24 milhões e paga por serviços estudantis, esportes internos e publicações estudantis, entre outras coisas.

Experiência é importante

Katie Blot é vice-presidente sênior da Blackboard Inc., empresa de grande porte do setor de tecnologia educacional. Sua experiência em governança estudantil como um elo entre o corpo discente da Universidade Johns Hopkins e sua comunidade circunjacente de Baltimore a ensinou muito. “Eu parti tendo me reunido uma vez por mês com o presidente da universidade, algo que me ajudou a desenvolver minha habilidade de fornecer informações essenciais e de me comunicar”, afirmou Katie Blot. “É uma ótima maneira — especialmente para as mulheres — de ingressar no mercado de trabalho com confiança em suas habilidades e capacidade de liderança.”

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