Ajudando agricultores no Oriente Médio e na África do Norte durante a crise alimentar

(USAID Cairo)
(USAID Cairo) A potato farmer in Beni Suef, Egypt inspects his crop before 9.Egypt potato farmerharvest. Thanks to technical assistance through the Feed The Future Egypt Rural Agribusiness Support project he has reduced costs and increased yield and quality. 9. Copy of Farid Zidan - Egypt Potato Farmer 1.JPG

“A escala da crise é impressionante”, disse David Wisner, diretor de Segurança Alimentar Global do Departamento de Estado dos EUA, no painel de discussão de 4 de outubro, “Segurança alimentar no Oriente Médio: entendendo as necessidades urgentes e apoio dos EUA”.

A crise climática, os conflitos em todo o mundo e as consequências econômicas da pandemia da Covid-19 estão impulsionando uma crise alimentar global que deixou 193 milhões de pessoas em todo o mundo precisando de assistência alimentar humanitária, disse Wisner.

Os Estados Unidos já forneceram US$ 9,8 bilhões em assistência alimentar humanitária internacional em 2022. A ajuda inclui US$ 1,8 bilhão em ajuda alimentar emergencial para o Oriente Médio e a África do Norte, onde o clima severo tem reduzido os rendimentos dos agricultores e a guerra da Rússia contra a Ucrânia tem reduzido as importações agrícolas para numerosos países que anteriormente dependiam do trigo da Ucrânia.

Gado andando sobre terreno com solo seco e rachado (© Fadel Senna/AFP/Getty Images)
Seca severa na África do Norte ameaça agricultura e pecuária, como esses animais perto de uma aldeia 140 km ao sul de Casablanca, Marrocos, 8 de agosto (© Fadel Senna/AFP/Getty Images)

O apoio dos EUA à agricultura no Oriente Médio e na África do Norte inclui:

  • Sementes e suporte técnico para agricultores no Líbano e na Síria.
  • Subsídios em dinheiro para pequenos agricultores no Marrocos.
  • Empréstimos para pequenas empresas no Iraque e no Líbano a fim de melhorar o processamento, o transporte e o armazenamento de alimentos.

Carla Bock, economista regional do Escritório para o Oriente Médio da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), disse que melhorar o processamento e o armazenamento de alimentos reduz o desperdício, garantindo que mais alimentos cheguem aos consumidores.

A Usaid está introduzindo soluções agrícolas de baixo custo para agricultores no Egito, tradicionalmente o maior importador de trigo do mundo. Antes da guerra da Rússia contra a Ucrânia, 75% da oferta de trigo do Egito vinha da Ucrânia e da Rússia.

Homem segura papéis na frente de um grupo de homens sentados ao ar livre (Usaid Cairo)
Agricultores em Aswan, Egito, aprendem novas técnicas para aumentar o rendimento e a qualidade das colheitas (Usaid Cairo)

Os projetos da Usaid ajudaram 5 mil produtores de trigo egípcios a reduzir as perdas de produtos durante uma colheita recente. “Pão é vida para os egípcios”, disse Mohamed Aboelwafa, do Escritório da Usaid no Egito, ao painel. Outras iniciativas da Usaid ajudam os agricultores do Egito a economizar água e aumentar a lucratividade, inclusive reduzindo as perdas de produtos durante a colheita da tâmara.

Participantes do painel também destacaram a importância da conservação da água e do saneamento. As nações africanas estão sofrendo a pior seca em décadas e mais de 2,2 bilhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso a água potável, disse Niles Cole, do Escritório de Política Agrícola do Departamento de Estado, ao painel.

No âmbito do Plano de Emergência do Presidente para Adaptação e Resiliência* (PDF, 427KB), que ajudará meio bilhão de pessoas a gerenciar e se adaptar aos impactos da crise climática, a Usaid pretende mobilizar US$ 1 bilhão em financiamento para serviços de água e saneamento resilientes ao clima até 2030.

“A água é o elo chave em todas essas crises”, disse Cole ao painel. “Precisamos de abordagens inovadoras para a gestão da água para nos adaptarmos aos impactos das mudanças climáticas.”

* site em inglês