Homem cobre o rosto para não inalar gás lacrimogêneo (© Matias Delacroix/AP Images)
Um homem cobre o rosto em meio a gás lacrimogêneo disparado pela polícia em Caracas, Venezuela, em 10 de março (© Matias Delacroix/AP Images)

Em 10 de março, a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet*, disse que a situação atual na Venezuela inclui “ataques a opositores políticos, manifestantes e jornalistas sem ações preventivas das forças de segurança para evitá-los”.

Em uma atualização verbal ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, Michelle detalhou as inúmeras violações que ainda são cometidas pelo antigo regime de Maduro.

Dentre elas:

  • Invasões na sede de um partido político, em organizações sem fins lucrativos e em gabinetes de comunicação.
  • Assédio contra autoridades universitárias.
  • Mortes de crianças que aguardam transplantes de órgãos em hospitais.

Em uma resposta assinada por 55 países, eles reafirmaram seu apoio ao povo venezuelano e condenaram as violações dos direitos humanos.

“O sofrimento humano na Venezuela está enraizado em anos de má administração, corrupção sistemática e aprofundamento do autoritarismo”, disse o representante do Peru em nome dos 55 países**. “Outros Estados não causaram os milhares de assassinatos extrajudiciais, as numerosas detenções arbitrárias e o amplo uso de tortura.”

Tuíte:
Missão dos EUA em Genebra: 55 países enfrentaram hoje a violação flagrante de Maduro dos direitos humanos dos venezuelanos. Os EUA se unem para denunciar o colapso do Estado de Direito e o uso da força contra opositores políticos e civis, e apoiam os pedidos de eleições livres e justas @usmissiongeneva 
http://webtv.un.org/meetings-events/human-rights-council/watch/hc-oral-updates-item4-general-debate-26th-meeting-43rd-regular-session-human-rights-council/6140133614001#t=20m35s …

Enquanto o conselho da ONU se reunia em Genebra, milhares de pessoas na Venezuela se manifestaram em apoio à democracia e ao presidente interino Juan Guaidó.

Embora os militares pró-Maduro usassem tanques e disparassem gás lacrimogêneo contra as multidões reunidas em Caracas, os venezuelanos continuaram a defender eleições livres e justas e o fim de seu sofrimento.

“Os venezuelanos exercerão nossos direitos nas ruas”, disse Guaidó em 9 de março em uma coletiva de imprensa antes do protesto***. “A única opção disponível para os venezuelanos é escapar deste desastre.”

Homem ajoelhado na frente de fileira de policiais com escudos (© Matias Delacroix/AP Images)
Um homem se ajoelha diante de policiais que bloqueiam a marcha convocada pelo presidente interino, Juan Guaidó, em Caracas em 10 de março (© Matias Delacroix/AP Images)

* site em inglês e outros cinco idiomas
** site em inglês
*** site em inglês com links para páginas em outros idiomas