Durante os últimos 12 meses, nos despedimos de muitos americanos notáveis que deixaram sua marca no mundo.
Um trio de estadistas estava entre eles:
- Walter Mondale serviu como vice-presidente (1977–1981) sob a liderança do presidente Carter; depois de concorrer à Presidência sem sucesso em 1984, ele foi nomeado pelo presidente Clinton como embaixador dos EUA no Japão (1993–1996). Ele morreu aos 93 anos de idade.
- Colin Powell foi um general de quatro estrelas do Exército dos EUA que serviu como chefe do Comando Conjunto do Estado-Maior antes de se tornar o primeiro secretário de Estado afro-americano (2001–2005). Ele morreu aos 84 anos de idade.
- George Shultz foi uma das duas únicas pessoas que ocuparam quatro cargos diferentes em nível de Gabinete. Ele desempenhou um importante papel na formulação da política externa do presidente Reagan como secretário de Estado (1982–1989). Ele morreu aos 100 anos de idade.
A seguir, um vislumbre de outros americanos extraordinários que morreram em 2021:
A lenda do beisebol Hank Aaron, apelidado de “Hammer” ou “Hammerin ‘Hank”, quebrou o recorde mais celebrado da Liga Principal de Beisebol ao atingir 755 home runs (quando a bola sai do espaço do campo) na carreira. Aaron enfrentou abuso racista enquanto se aproximava do recorde estabelecido por Babe Ruth. Essa experiência alimentou o ativismo de Aaron durante o movimento pelos direitos civis dos EUA. Aaron morreu em 22 de janeiro aos 86 anos.

A autora Anne Rice ficou mais conhecida por seu primeiro romance publicado — o best-seller “Entrevista com o vampiro” (1976), que se tornou um filme popular em 1994. Muitos de seus romances posteriores foram conhecidos coletivamente como “Crônicas do vampiro”. Esses livros conquistaram seguidores entre fãs do romance gótico e entre leitores LGBTQI+ que se identificavam com seus temas de isolamento e alienação. Anne morreu em 11 de dezembro aos 80 anos.

O estilista negro Virgil Abloh, filho de imigrantes ganenses, quebrou barreiras e cujo estilo fazia a ponte entre o streetwear (roupas para usar na rua) e as roupas de luxo. Em 2018, ele foi nomeado diretor artístico da coleção de roupas masculinas da Louis Vuitton. Ao lado do rapper Kanye West, ele estagiou na casa de moda italiana Fendi antes de lançar sua própria marca de moda, Off-White, em 2013. A revista Time o nomeou como uma das pessoas mais influentes do mundo em 2018. Abloh morreu em 28 de novembro aos 41 anos.

Jerry Pinkney deu vida a mais de cem livros infantis por meio de suas ilustrações em aquarela ricamente detalhadas. Entre seus muitos prêmios está a Medalha Caldecott, concedida ao livro de imagens americano mais ilustre do ano para crianças. Pinkney venceu em 2010 por seu livro “O leão e o camundongo”, um tratamento da fábula de Esopo ambientada no Serengeti, com a vida selvagem africana em torno dos personagens-título. Pinkney morreu em 20 de outubro aos 81 anos.

Mary Wilson foi membra-fundadora do grupo vocal Supremes, cujos singles de sucesso foram a chave para o êxito da gravadora Motown Records. Formado em Detroit em 1959, o grupo — cujos outros membros originais eram Diana Ross e Florence Ballard — obteve sucessos com canções como “Baby Love” e “Stop! In the Name of Love”. O Supremes influenciou inúmeras apresentações musicais, incluindo Destiny’s Child e En Vogue. O grupo foi incluído no Hall da Fama do Rock & Roll em 1988. Mary morreu em 8 de fevereiro aos 76 anos.
O físico teórico Steven Weinberg ganhou vários prêmios por sua pesquisa sobre partículas elementares e cosmologia física, incluindo o Prêmio Nobel de Física de 1979 e a Medalha Nacional de Ciência de 1991. Ele descobriu que das quatro forças do universo — a força forte, a força fraca, a força eletromagnética e a força gravitacional — a força eletromagnética e a força fraca eram a mesma coisa. Ele também possuía uma habilidade rara de explicar ideias científicas complexas ao público e escreveu vários livros populares sobre ciência, notavelmente “Os três primeiros minutos: uma análise moderna da origem do Universo” (1977). Weinberg morreu em 23 de julho aos 88 anos.
A matemática Shirley McBay foi a primeira negra a receber um doutorado pela Universidade da Geórgia, em 1966. Ela passou a se tornar uma voz importante para a diversidade no ensino de Ciências e Matemática como fundadora (e também presidente) da organização sem fins lucrativos Quality Education for Minorities Network, dedicada a melhorar a educação das minorias e de outros grupos sub-representados. Ela lecionou na Faculdade Spelman, em Atlanta, e atuou como reitora de Assuntos Estudantis no Instituto de Tecnologia de Massachusetts de 1980 a 1990. Shirley morreu em 27 de novembro aos 86 anos.

O compositor e letrista Stephen Sondheim foi uma das figuras mais importantes do teatro musical do século 20. Ele escreveu a letra de West Side Story (1957) e Gypsy (1959) antes de escrever a letra e a música para os sucessos subsequentes da Broadway, incluindo A Funny Thing Happened on the Way to the Forum (1962), A Little Night Music (1973), Sweeney Todd (1979) e Sunday in the Park With George (1984). Um inovador implacável, ele foi premiado com a Medalha Presidencial da Liberdade pelo presidente Obama em 2015. Sondheim morreu em 26 de novembro aos 91 anos.

A atriz Cicely Tyson era conhecida por suas representações dinâmicas de mulheres negras fortes. Ela inovou na indústria do entretenimento ao se recusar a interpretar papéis que retratavam os negros de maneiras humilhantes. Em uma carreira que durou sete décadas, Cicely apareceu em mais de cem filmes, na TV e no palco, estrelando no filme “Lágrimas de Esperança” (1972) e no filme para TV de 1974 “A Autobiografia de Miss Jane Pittman”. Cicely, que ganhou três prêmios Emmy, um Tony e um Oscar honorário, recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade em 2016. Cicely morreu em 28 de janeiro aos 96 anos.

O jogador de golfe Lee Elder se tornou o primeiro afro-americano a jogar no Torneio Masters. Esse marco esportivo de 1975 quebrou as barreiras raciais no circuito profissional de golfe e abriu caminho para o campeão de golfe Tiger Woods décadas depois. Elder obteve quatro vitórias na Associação dos Profissionais de Golfe (PGA, na sigla em inglês) e alcançou oito vitórias no torneio sênior; ele também representou os Estados Unidos na Copa Ryder. Woods considerava Elder uma inspiração. Elder morreu em 28 de novembro aos 87 anos.