Embora a África Ocidental, com a ajuda da comunidade internacional, tenha feito progressos no esforço para conter o surto do vírus ebola, ainda há uma luta longa e difícil para eliminá-lo pela frente. Mas especialistas em políticas de saúde aprenderam várias lições que podem ajudar a conter futuros surtos.
- Estabelecer informações críveis. Especialistas em saúde pública devem obter informações precisas para a mídia e corrigir quaisquer informações imprecisas rapidamente. A desinformação gerou um estigma contra os sobreviventes do ebola na África Ocidental.
- Infraestrutura retarda uma epidemia. O acesso a equipamentos, unidades hospitalares, profissionais de saúde e formação em saúde pode conter doenças contagiosas. Cada país precisa reforçar esta infraestrutura médica nas áreas mais vulneráveis à infecção. “Pôr fim ao ebola é uma prioridade para os Estados Unidos. (…) [Mas] não podemos fazer isso sozinhos”, diz o presidente Obama.
- Ser culturalmente sensível. Modificar costumes funerários tradicionais que propagam o ebola, ao invés de proibi-los, ajudou africanos ocidentais a aceitar a assistência de trabalhadores humanitários estrangeiros. “Não se pode simplesmente invadir um lugar e esperar que as pessoas larguem tudo e façam o que lhes dizem para fazer. Elas têm de estar totalmente convencidas da idoneidade de seus motivos”, diz David Nabarro, enviado especial das Nações Unidas sobre o ebola.
- A prevenção é o melhor remédio. “Se não começarmos a nos posicionar com relação a pandemias, permaneceremos aqui sentados como vítimas à espera da próxima”, disse Peter Daszak, ecologista de doenças e presidente da EcoHealth Alliance, uma organização de pesquisa. Os cientistas estudam os animais para prever que vírus e bactérias podem surgir como a próxima ameaça humana. Eles estudam mapas para prever onde a próxima epidemia pode aparecer.
Ao aprender as lições adequadas desta emergência de saúde pública, podemos ser mais capazes de combater ou mesmo impedir a próxima.