De acordo com uma declaração do Instituto Oriental da Universidade de Chicago (site em inglês) condenando a destruição do patrimônio iraquiano em Mossul, no Iraque, “sem o passado, não conseguimos entender o nosso presente, e sem entender o nosso presente, não conseguimos planejar o nosso futuro”.
O Instituto Oriental tem parcerias com uma série de grupos (declaração em inglês) nos EUA e ao redor do mundo para proteger o patrimônio iraquiano e sírio de saques e vandalismo por parte de grupos terroristas como o Daesh.
McGuire Gibson, arqueólogo do Instituto Oriental e especialista em Mesopotâmia (biografia em inglês), afirmou à Voz da América que a destruição pública do patrimônio por parte do Daesh poderia encobrir o tráfico de artefatos menores da Síria e do Iraque.
“Existem pessoas no mundo que sabem o valor desse material”, afirmou Gibson, acrescentando que os negociantes de fora da região encontram redes para localizar artefatos para a venda ilegal.
Edouard Planche, especialista em programas da Unesco (site em inglês e francês), declarou à Voz da América que sua organização ajuda os arqueólogos a preservar o patrimônio através da educação e de campanhas de conscientização, e da recuperação de artefatos em regiões de fronteira próximas ao Iraque e à Síria.
“O objetivo é ter esses países vizinhos conosco, cientes do tráfico, dos tipos de objetos que são retirados desses países, capazes de confiscar essas peças e de mantê-las em lugar seguro”, disse Planche.
Os Estados Unidos estão comprometidos com a preservação do patrimônio cultural na Síria e no Iraque através da Iniciativa Patrimônio Sírio. Esta iniciativa representa os mais amplos esforços de proteção do patrimônio vistos em programas como o Fundo dos Embaixadores dos EUA para a Preservação Cultural.
“Esta tentativa grosseira de apagar a herança de uma antiga civilização irá, em última instância, falhar”, declarou o secretário de Estado, John Kerry, acerca dos esforços por parte do Daesh de destruir e roubar a herança iraquiana. “Nenhum terrorista consegue reescrever a história.”
