Aspire. Assopre. Eleja um novo presidente

Cidadãos americanos com deficiência têm o mesmo direito de votar em segredo que os outros cidadãos (© AP Images)

Para alguns americanos com deficiência, a eleição é uma experiência que requer aspirar e soprar.

Um dispositivo de aspirar e soprar ajuda um tetraplégico a votar de forma independente. O dispositivo é anexado a uma máquina de tabulação de votos, e o ato de soprar permite que o cidadão ouça os nomes dos candidatos. Ao aspirar ele seleciona o candidato desejado e vota.

Outros americanos com deficiência podem usar uma tela sensível ao toque.

Travis Hoffman, 38, residente de Missoula, Montana, restrito a movimentos limitados dos braços após uma lesão na medula espinhal, afirmou que confia na tela de toque da máquina AutoMARK para “votar com privacidade, da mesma forma como as pessoas fisicamente aptas votam. É um dos direitos que todos desfrutam como americanos: o direito a uma votação secreta”.

As máquinas especiais estão disponíveis em cada local de votação de Missoula, disse Rebecca Connors, administradora eleitoral do condado de Missoula, onde os eleitores com deficiência também podem pedir para receber uma cédula eleitoral por e-mail.

Aqui estão algumas outras maneiras pelas quais os cidadãos americanos com deficiência podem votar:

  • Sistemas de votação por correio, voto antecipado e voto de eleitores ausentes.
  • Assistência física nas urnas.
  • Cédulas de Braile e urnas com áudio para cegos ou deficientes visuais.

Leis estaduais e federais exigem que os locais de votação acomodem os eleitores com deficiência para que todos os cidadãos dos EUA tenham igual acesso ao exercício do direito ao voto. O Congresso estabeleceu requisitos de acessibilidade e forneceu financiamento para máquinas de votação especiais na Lei para Auxiliar os Americanos a Votar de 2002.

Um número crescente de eleitores americanos precisa de tais acomodações. Um estudo publicado em setembro pela Universidade Rutgers mostrou que o número de eleitores americanos com deficiência está aumentando mais rápido do que o número de pessoas sem deficiência. Estima-se que 35 milhões, ou 1 em cada 6, eleitores dos EUA têm uma deficiência.

Votar é poder, disse Zach Baldwin, porta-voz da Associação Americana de Pessoas com Deficiência. O grupo lançou uma campanha para garantir que pessoas com deficiência estejam registradas para votar nas eleições presidenciais de 2016 — porque a democracia inclusiva e vibrante depende do envolvimento ativo de todos os cidadãos na vida pública.

“Estamos mobilizando a comunidade de pessoas com deficiências para que se envolvam mais politicamente”, disse Baldwin. “Mais pessoas com deficiência votando culmina em um sistema mais representativo.”

O sistema de votação drive-thru é outra opção. No condado de Bexar, no Texas, por exemplo, a votação no meio-fio permite que um cidadão com deficiência física permaneça no carro. Os oficiais eleitorais trazem a cédula até o veículo se o cidadão telefonar 30 minutos antes avisando e tiver um ajudante que possa ficar na fila por eles.

Em 1999, o Texas foi o primeiro estado a exigir que todos os novos sistemas de votação fossem acessíveis aos eleitores com deficiência e proporcionassem uma maneira para os eleitores com deficiência realizarem uma votação secreta.

Este artigo foi escrito pela redatora freelance Kathleen Murphy.