
Ao ser promulgada em 1990, a Lei dos Americanos com Deficiência transformou fundamentalmente o modo de a pessoas com deficiência viverem na sociedade americana e participarem da economia dos EUA. Nos anos seguintes, a lei e sua promessa de igualdade para todos se disseminou ainda mais.
Aqui estão dois ativistas que visitaram os EUA através de intercâmbios patrocinados pelo Departamento de Estado. Durante os programas de que participaram, eles compartilharam ideias com líderes defensores dos direitos das pessoas com deficiência. Os ativistas também fizeram uma imersão em cultura americana, além de experimentar em primeira mão o acesso que a Lei dos Americanos com Deficiência possibilitou. Veja o que eles fizeram depois de retornar aos seus países de origem a fim de incentivar as pessoas com deficiência a participar de todos os aspectos relacionados à escola, ao trabalho e à comunidade.
Juan Angel de Gouveia

Em 2015, Juan Angel de Gouveia viajou aos EUA a fim de participar de um Programa de Visitantes de Lideranças Internacionais* chamado “Acesso para Todos”. Durante o programa, ele testemunhou os benefícios da Lei dos Americanos com Deficiência e examinou como ele teria condições de mobilizar a Venezuela, seu país natal, no sentido de buscar o mesmo nível de acessibilidade.
Gouveia, que é surdo, disse que existem leis para pessoas com deficiência no âmbito nacional na Venezuela. No entanto, no âmbito local, “não há pessoas que assumem a responsabilidade de cumprir o que a lei determina. Aprendi nos EUA que necessitamos começar a realizar mudanças nas regiões onde vivemos”.
Com seu trabalho no âmbito municipal, ele e sua equipe escreveram uma regulamentação denominada “Acessibilidade para Todos”, inspirada na Lei dos Americanos com Deficiência. Até agora, a regulamentação já foi adotada em duas municipalidades e está sendo debatida em 16 outras.
Grace Jerry
Desde que visitou os Estados Unidos como beneficiária da Bolsa de Estudos Mandela Washington para Jovens Líderes Africanos, a cantora de gospel e ativista Grace Jerry tem usado parcerias com duas organizações americanas a fim de ampliar o trabalho de seu próprio grupo, denominado Associação de Amigos Inclusivos.
Com a ajuda do Instituto Democrático Nacional e da Fundação Nacional para a Democracia, a Associação de Amigos Inclusivos realizou o seguinte:
- Lançou a campanha “Não Deixe Ninguém para Trás: o Voto dos Deficientes Conta”, aumentando a participação dos nigerianos com deficiência no processo político.
- Forneceu redes que passaram por um tratamento a fim de combater a malária a mais de 500 crianças com deficiência.
- Com o apoio do Unicef, empreendeu um projeto de higiene menstrual e saúde sustentável para meninas e mulheres com deficiência no estado chamado Plateau na Nigéria.
Grace, que perdeu a mobilidade das pernas em um acidente de carro em 2002, disse que admira o objetivo americano de “conceder aos membros com deficiência da sociedade a oportunidade de participar de maneira equitativa da comunidade. Acesso é inclusão”.
* site em inglês