Atleta olímpica afirma que desertou de seu país

Mulher sorridente com bandeira iraniana em volta dos ombros (© Robert F. Bukaty/AP Images)
Kimia Alizadeh, vista aqui nos Jogos Olímpicos de Verão de 2016 no Rio de Janeiro, foi a primeira e única medalhista olímpica do Irã (© Robert F. Bukaty/Imagens AP)

A única medalhista olímpica do Irã disse que desertou da República Islâmica do Irã e se descreveu como “uma das milhões de mulheres oprimidas no Irã”.

Kimia Alizadeh, que ganhou uma medalha de bronze no taekwondo nas Olimpíadas de 2016, criticou o uso obrigatório do hijab (véu islâmico tradicional) e acusou as autoridades no Irã de sexismo e maus-tratos, de acordo com uma carta que publicou no Instagram*.

Tuíte:
Morgan Ortagus: Kimia Alizadeh, a única medalhista olímpica do Irã rejeitou a opressão das mulheres por parte do regime. Ela desertou por desejar uma vida de segurança, felicidade e liberdade. O Irã continuará a perder mais mulheres fortes, a menos que aprenda a empoderá-las e apoiá-las. @statedeptspox #KimiaAlizadeh (Tuíte original: artigo em inglês)

Desde a Revolução Islâmica de 1979, as mulheres foram banidas dos estádios de futebol e de outros eventos esportivos, uma das muitas restrições impostas ao que antes era uma sociedade próspera e moderna.

Da mesma forma, outros atletas iranianos deixaram o país, alegando pressão do governo, informou a Associated Press. Em setembro de 2019, Saeed Mollaei, judoca iraniana, deixou o país e foi para a Alemanha. Ele disse que as autoridades iranianas o obrigaram a não competir com a judoca israelense.

Alireza Faghani, árbitro internacional de futebol iraniano, deixou o Irã e se mudou para a Austrália no ano passado.

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