Mulheres seguram perucas e sorriem (© Joseph Prezioso/AFP/Getty Images)
Modelos fazem uma saudação emocionada em um desfile de moda realizado em Boston e realizado pela Fundação Verma, organização sem fins lucrativos que faz perucas personalizadas para pacientes com câncer que sofrem de queda de cabelo (© Joseph Prezioso/AFP/Getty Images)

Graças, em parte, a novos tratamentos, a taxa de mortalidade por câncer nos EUA caiu 2,4% em um ano recente, a maior queda anual já registrada, de acordo com um novo relatório da Sociedade Americana do Câncer*.

Gráfico mostra aumento na taxa de sobrevivência de câncer de pulmão. Fonte: Sociedade Americana do Câncer (Depto. de Estado/Frank Carter)
(Depto. de Estado/Frank Carter)

O declínio na taxa de mortalidade por câncer nos EUA no ano mais recente disponível (2017-2018) faz parte de uma tendência que começou há cerca de 25 anos. Oncologistas dizem que o declínio na mortalidade é, em grande parte, impulsionado pela diminuição do tabagismo e pelos avanços na detecção e no tratamento do câncer de pulmão e de pele (melanoma).

No que diz respeito ao combate ao melanoma, o novo relatório cita o desenvolvimento de medicamentos que atacam as raízes moleculares dos tumores, bem como terapias que controlam o próprio sistema imunológico do paciente. As imunoterapias, juntamente com os tratamentos direcionados que têm como alvo mutações genéticas ou proteínas específicas, desempenham um papel na redução das taxas de mortalidade.

E espera-se que o surgimento de terapias sofisticadas acelere esse processo. O mercado mundial de medicamentos contra o câncer, avaliado em US$ 123 bilhões, está entre os maiores segmentos e os de mais rápido crescimento da indústria farmacêutica, estimulando empresas a investir no desenvolvimento de novos medicamentos contra o câncer.

Vidas salvas

O câncer ainda é um grande problema de saúde pública em todo o mundo e a segunda principal causa de morte nos EUA (atrás de doenças cardíacas), de acordo com a Sociedade Americana do Câncer.

Paciente sentado ao lado de um médico que aponta para duas tomografias (© Saul Loeb/AFP/Getty Images)
Nos Institutos Nacionais de Saúde, em Maryland, o médico Christian Hinrichs mostra ao paciente Fred Janick uma tomografia de tumores cancerígenos (à direita) e uma tomografia sem tumores após o tratamento (à esquerda) (© Saul Loeb/AFP/Getty Images)

Os desafios persistem, mas o progresso é significativo. Depois de aumentar na maior parte do século 20, a taxa de mortalidade por câncer caiu 31% desde seu pico em 1991, e assim permaneceu até 2018. Isso representa uma queda que se traduz em 3,2 milhões de mortes por câncer a menos durante esse período.

As taxas de sobrevivência de câncer de pulmão têm melhorado em todos os estágios da doença. E as mortes por câncer de mama feminino, câncer de próstata e câncer colorretal têm caído significativamente nos últimos anos.

Gráfico mostra diminuições no total de mortes por câncer nos EUA e mortes por cânceres específicos. Fonte: Sociedade Americana do Câncer (Depto. de Estado/Frank Carter)
(Depto. de Estado/Frank Carter)

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