
Melvil Dewey, criador do famoso sistema decimal usado em mais de 200 mil bibliotecas em todo o mundo, tem de ceder espaço a uma nova realidade.
Chegou a biblioteca universitária do século 21!
Centenas de instituições de ensino superior, de universidades que formam a “Ivy League” (oito universidades dos EUA que estão entre as mais seletivas do mundo) a faculdades comunitárias, restauraram suas bibliotecas para funcionarem como centros ativos da vida acadêmica. Já não existem mais as revistas encadernadas, os quilômetros de livros mofados e os regulamentos que determinam como se comportar de maneira adequada. Agora existem cafés, áreas para grupos de estudos onde conversar é incentivado, com acesso 24 horas e sofás projetados para tirar um cochilo.
Os toques acolhedores refletem o conceito mais recente sobre os hábitos de aprendizado da geração do milênio e o reconhecimento de que os estudantes com laptops e acesso a wi-fi conseguem estudar em qualquer lugar, disse Julie Garrison, diretora de bibliotecas da Universidade Western Michigan.

“Costumávamos imaginar o design de uma biblioteca sempre em termos de livros”, disse Julie. “Há uma necessidade menor de proteger um acervo impresso da maneira que fazíamos quando esse era o único modo de obter informações, e percebemos que se deixássemos as pessoas trazerem alimentos e bebidas, elas passariam mais tempo [na biblioteca].”
À medida que os livros deram lugar a uma rede de banda larga, as bibliotecas universitárias também estão sendo equipadas com laboratórios de produção de mídia, “espaços de criadores” de alta tecnologia, onde os estudantes podem usar impressoras e cortadores a laser em 3D, e paredes de visualização de dados nas quais eles podem mostrar projetos. Basicamente, esqueça tudo o que você imaginava que sabia sobre bibliotecas.
Em muitos campi, profissionais de tecnologia de informação se sentam ao lado de bibliotecários de referência.

“Realmente, houve uma mudança completa no que se refere à ideia da função de uma biblioteca em um campus, uma mudança do conceito relativo a um lugar para a preservação do conhecimento para um espaço de criação e colaboração”, disse Katherine Bergeron, presidente da Faculdade de Connecticut em New London.
A Biblioteca Charles E. Shain da faculdade foi construída em 1976 com janelas pequenas destinadas a proteger os materiais da luz do sol. Recentemente, ela foi reformada para dar ênfase à luz natural e a mais espaço comunitário.
Christopher Stewart, professor assistente da Universidade Dominicana em Illinois, que pesquisa bibliotecas acadêmicas, disse que os confortos e a tecnologia complementaram, e não suplantaram, as qualidades que os ex-alunos recordam de seus dias rachando de estudar em “fortalezas cheias de livros”.

“Os estudantes exigem espaços sociais, mas também demandam espaços silenciosos, contemplativos, em que possam abaixar a cabeça, e ter tempo de cumprir seus deveres”, afirmou Stewart. “Eles ainda possuem aquela noção maravilhosa e sagrada de que a biblioteca é um lugar reverente em termos acadêmicos. Eles ainda necessitam daquela mesma experiência que costumavam ter, mas também necessitam de muito mais.”
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