
Os Estados Unidos e seus aliados transatlânticos concordaram com uma visão ousada para o futuro da Otan para garantir uma forte aliança da instituição.
A Casa Branca chamou a Cúpula da Otan, realizada de 29 a 30 de junho em Madri, de “momento histórico para a Aliança Transatlântica”.
Pela primeira vez, líderes de nações parceiras na Ásia, incluindo Austrália, Japão, Nova Zelândia e Coreia do Sul, participaram do evento.

“Estamos enviando uma mensagem inconfundível”, disse Biden: “que a Otan é forte, unida”. Ele disse que as medidas tomadas durante essa Cúpula “aumentariam ainda mais nossa força coletiva”.
A Otan representa um bilhão de pessoas e dobrou de 15 membros em 1997 para 30 hoje. A Aliança mantém uma porta aberta para nações que compartilham o desejo de segurança coletiva euro-atlântica. Durante a reunião, a Finlândia e a Suécia foram formalmente convidadas a aderir à Aliança.
“Estamos mais unidos do que nunca”, disse Biden.
Protegendo a ordem baseada em regras
A Cúpula ocorre cinco meses após a guerra contra a Ucrânia não provocada do presidente russo, Vladimir Putin. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que a contínua invasão da Ucrânia pela Rússia é o pior ato de agressão na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
“O que temos visto é um reconhecimento em toda a Europa e além de que a agressão contra a Ucrânia também é uma agressão contra alguns princípios muito básicos que fundamentam a ordem internacional”, disse Blinken em um fórum público da Otan em 29 de junho* em Madri.
Blinken enfatizou que a Aliança permite que os países-membros se defendam. O Artigo 5 do Tratado de Washington, documento basilar da Otan, afirma que um ataque a um membro é um ataque a todos. O compromisso dos EUA com o Artigo 5 é irrefutável.

Biden disse em 29 de junho: “Em um momento em que Putin rompeu com a paz na Europa e atacou os próprios princípios da ordem baseada em regras, os Estados Unidos e nossos aliados — nós vamos intensificar [nossas ações].”
No final da Cúpula, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse: “As decisões que tomamos em Madri vão garantir que nossa Aliança continue a preservar a paz, evitar conflitos e proteger nosso povo e nossos valores. Europa e América do Norte, juntas na Otan.”
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