Cientistas acabam de passar um ano “em Marte”. O que eles aprenderam?

Os seis cientistas de diversas nacionalidades que passaram um ano em isolamento quase completo para simular a vida em Marte saíram de sua cúpula, no Havaí, em 28 de agosto, entusiasmados com o futuro da exploração espacial humana.

“Uma missão para Marte em um futuro próximo é plausível”, disse o francês Cyprien Verseux, membro da tripulação. “Acho que os obstáculos tecnológicos e psicológicos podem ser superados.”

Durante o último ano, o grupo ficou dentro de uma cúpula no vulcão Mauna Loa e só pôde sair vestindo roupas espaciais.

Os astronautas do projeto Exploração Espacial Analógica e Simulada do Havaí (HI-SEAS), que é financiado pela Nasa, tiveram de gerenciar os recursos limitados do local enquanto faziam pesquisas e trabalhavam para evitar conflitos pessoais.

Tuíte:
Nadia Drake @nadiamdrake
Bem-vindos de volta à Terra! @HI_SEAS
15h04 – 28 de agosto de 2016

A tripulante Christiane Heinicke, da Alemanha, disse que os cientistas conseguiram encontrar água para seu sustento em um ambiente seco.

“Provamos que pode funcionar, que você pode realmente obter água de um solo aparentemente seco. Isso funcionaria em Marte e as implicações são de que conseguiríamos água em Marte com a pequena estufa que fizemos”, disse ela.

Tristan Bassingthwaighte, doutorando em Arquitetura na Universidade do Havaí, foi o arquiteto da tripulação.

Além dessa experiência no Havaí, a Nasa vem se preparando para voos espaciais de longa duração com estudos sobre a saúde humana em missões espaciais longas, o desenvolvimento de robôs e foguetes e até mesmo o cultivo dos primeiros potenciais tomates espaciais.

Kim Binsted, pesquisadora-chefe do projeto Exploração Espacial Analógica e Simulada do Havaí, disse que os pesquisadores estão ansiosos para entrar no mar e comer alimentos frescos e outras comidas que não estavam disponíveis na cúpula.

A Nasa financiou o estudo executado através da Universidade do Havaí. A simulação foi a segunda mais longa desse tipo, ficando atrás apenas de uma missão que durou 520 dias na Rússia, acrescentou Kim.