Todo mundo está notando que o clima anda estranho. Está mais quente ou mais frio, mais seco ou mais úmido.
Mudanças diárias no tempo não devem ser confundidas com clima, que é estudado ao longo de décadas e séculos, mas os efeitos das mudanças climáticas estão se tornando mais evidentes. A Avaliação Climática Nacional* informa que os EUA indicam que os agricultores americanos estão alterando os tempos de plantio e outras práticas para se adaptarem.
Os estudos mais recentes sobre os dados climáticos mostram áreas claramente preocupantes. E, ainda que não haja apenas uma solução, todos podem fazer a sua parte* para enfrentar as mudanças climáticas.
1. Está ficando mais quente.

As temperaturas próximo à superfície da Terra estão subindo. Nove dos dez anos mais quentes registrados ocorreram desde 2000, de acordo com um relatório recente da Agência Oceânica e Atmosférica Nacional* (Noaa, na sigla em inglês). A Nasa chega à mesma conclusão em sua análise global de fevereiro*.
2. Há mais CO2.

Os níveis de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera estão aumentando*, o que contribui para o aquecimento global. Veículos motorizados são uma das diversas fontes de emissão de CO2. Seus motores a combustão convencionais também emitem partículas, como o “carbono negro”, agravando o problema. As vendas mundiais de veículos motorizados atingiram um recorde de quase 83 milhões de unidades em 2014, segundo a empresa de consultoria IHS Automotive. Todo o setor de transporte – motos, carros, caminhões, aviões e navios – responde por 14% das emissões globais de gases do efeito estufa*.
3. Para onde irão os ursos polares e as pessoas?

Os ursos polares estão ficando sem gelo marítimo, que é o seu hábitat natural*. Mas esses animais não são os únicos que estão risco. As pessoas também. Novos estudos* indicam que as camadas de gelo polar estão se derretendo mais rápido do que os cientistas previram. Mapas interativos da Nasa* mostram a velocidade de redução das calotas do Ártico. Seu derretimento está entre as principais causas do perigoso aumento do nível do mar. Países insulares como Kiribati podem ser inundados. Este vídeo ilustra os efeitos de longo alcance do aumento do nível dos oceanos*.
4. Há água em todos os lugares.

Incidentes como o ciclone Winston (mostrado acima), que recentemente atingiu Fiji, ocorrem no mundo todo e provocam inundações nos litorais e nos continentes. A elevação do nível do mar aumentou de 1,7 milímetro por ano na maior parte do século 20 para os atuais 3,2 milímetros por ano*. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas prevê um aumento de até 1 metro no nível do mar até 2100**. À medida que os oceanos sobem e as tempestades aumentam, as enchentes provocam danos a mais comunidades. As tendências que você pode ver neste mapa interativo* mostram as costas da Ásia e do sul dos EUA especialmente vulneráveis às inundações.
5. Mas há seca em alguns lugares.

A seca causa prejuízos à agropecuária no mundo inteiro*. Atualmente, secas graves afetam a Ásia desde o subcontinente indiano até o Vietnã. Na África, mais de 10 países sofrem com os seus efeitos. A Etiópia enfrenta a pior seca em décadas. A falta de chuva reduziu a colheita de trigo do Marrocos pela metade. Países das Américas, como Canadá, EUA, Brasil e Colômbia, também precisam de mais chuvas. O volume de precipitações varia ao longo do ano – e de ano para ano –, mas cada vez mais regiões do planeta sofrem com secas agravadas pelas mudanças climáticas.
Você pode ajudar.

Você pode fazer a sua parte para evitar que a temperatura global suba mais de 2 graus centígrados acima dos níveis pré-industriais – meta estabelecida pelos líderes mundiais no Acordo de Paris em 2015.
Fazer pequenos ajustes em seu estilo de vida pode ajudar a conter o derretimento das calotas polares, o aumento do nível dos mares e outros impactos das mudanças climáticas.
Como a elevação da temperatura global é associada às emissões de gases do efeito estufa, ajude a combatê-las mudando seu comportamento perto de casa. Caminhe, ande de bicicleta ou use transporte público quando possível, em vez de dirigir. Se for dirigir, escolha um veículo de consumo eficiente e pouco poluente se puder.
Se tiver acesso a energia limpa – eletricidade gerada por vento, sol ou outras fontes de energia renovável – ótimo. Mas todos podem se esforçar para consumir menos energia elétrica – geralmente oriunda de fontes poluentes – apagando luzes desnecessárias. Instale lâmpadas de baixo consumo e desligue computadores, tevês e outros aparelhos quando não estiverem em uso. Tratar, distribuir e aquecer a água demanda energia. Portanto, conserve a água.
Árvores e arbustos absorvem carbono. Plantá-los no jardim ajuda a remover poluentes que provocam o aquecimento global.
Comprar alimentos produzidos localmente significa que menos produtos viajarão milhares de quilômetros, reduzindo emissões maciças de carbono.
Saiba mais sobre os efeitos das mudanças climáticas e outras ações que podem ser realizadas para lidar com ela*. Um pequeno ajuste feito por cada um pode fazer uma grande diferença no futuro.
* site em inglês
** PDF em inglês