O dia 1º de janeiro de 1942 representou um marco na história diplomática — data em que representantes dos “Quatro Grandes” países aliados (Estados Unidos, Reino Unido, União Soviética e China) se reuniram em Washington para assinar a Declaração das Nações Unidas*, formalmente prometendo cooperação para derrotar as forças do fascismo.
No dia seguinte, representantes de 22 outros países Aliados (África do Sul, Austrália, Bélgica, Canadá, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Grécia, Guatemala, Haiti, Holanda, Honduras, Índia, Iugoslávia, Luxemburgo, Nova Zelândia, Nicarágua, Noruega, Panamá, Polônia, República Dominicana e Tchecoslováquia) também assinaram.
Foi o presidente Franklin Roosevelt quem sugeriu o termo “Nações Unidas”, originalmente usado para designar os países aliados contra as potências do Eixo: Alemanha, Itália e Japão.
Desde o início, a derrota do regime nazista da Alemanha e de seus parceiros do Eixo era o objetivo abrangente dos Aliados, com a doutrina da “vitória completa” prenunciando uma demanda subsequente pela rendição incondicional das potências do Eixo, escreve Charles I. Bevans, historiador diplomático do Departamento de Estado dos EUA, em seu livro The ‘Art’ of Diplomacy [A ‘Arte’ da Diplomacia, em tradução livre].

No entanto, a insistência da declaração em defender os direitos humanos e a soberania das nações foi significativa também, consagrando princípios que iriam motivar a organização criada em 1945 a fim de ajudar a resolver disputas internacionais: as Nações Unidas.
Ao final da Segunda Guerra Mundial, outros 21 países haviam aderido à declaração.
Apropriadamente, quando os delegados se reuniram na Conferência de São Francisco em 26 de junho de 1945 para assinar a Carta das Nações Unidas, eles adotaram o nome da nova organização em homenagem ao falecido presidente dos EUA que cunhou o termo três anos e meio antes.
* site em inglês