Como oito diplomatas americanos combateram a epidemia de ebola em 2014

Oito retratos em forma de círculo de várias pessoas (Depto. de Estado)
A partir do canto superior à esquerda: embaixador Alexander Laskaris, Ervin Massinga, Gregory Martin. Fila do meio: Gary Penner, Sheila Paskman. Fileira inferior: embaixador John Hoover, Kathleen FitzGibbon, embaixadora Deborah Malac (Depto. Estadual)

Há sete anos, durante a epidemia de ebola na África Ocidental, oito diplomatas americanos trabalharam incansavelmente por dois anos com o objetivo de salvar vidas e combater esse vírus mortal.

Em 13 de outubro, o Departamento de Estado dos EUA homenageou os embaixadores Deborah Malac, John Hoover, Alexander Laskaris. Além de  Gary Penner, Kathleen FitzGibbon, Ervin Massinga, Sheila Paskman e Gregory Martin como os mais recentes Heróis da Diplomacia dos EUA* em virtude da rapidez e dos esforços de coordenação eficazes que demonstraram durante a epidemia de ebola de 2014-2015* na África Ocidental.

“As ações desses indivíduos e das equipes que eles apoiaram evitaram centenas de milhares de mortes”, disse a embaixadora aposentada Nancy Powell ao apresentar os oito homenageados. Nancy ressaltou que “eles também contribuíram para um aumento no financiamento global da saúde”, mobilizando o apoio de agências governamentais dos EUA e doadores internacionais.

Tuíte:
Departamento de Estado
Hoje homenageamos oito Heróis da Diplomacia dos EUA por promoverem a missão do Departamento durante a epidemia de ebola de 2014-15 na África Ocidental. Apesar de enfrentar o medo, os riscos e as devastações do ebola todos os dias, esses diplomatas americanos acabaram derrotando um surto dessa doença mortal. @StateDept #HeroesofUSDiplomacy

Quando a epidemia de ebola começou, os oito diplomatas que então trabalhavam no Bureau de Serviços Médicos das Embaixadas dos EUA em Guiné, Libéria e Serra Leoa ajudaram a desenvolver um plano para superar o medo generalizado, lideraram a resposta do governo dos EUA, colaboraram com equipes interagências e assessoraram governos sobre como acabar com o surto.

A colaboração feita por eles manteve as Embaixadas em que trabalhavam, o staff e funcionários locais seguros durante a epidemia de ebola. O Departamento de Estado desenvolveu um novo sistema de transporte para evacuações médicas e, em última análise, não houve casos de ebola entre os funcionários das Embaixadas dos EUA.

“Nós realmente tentamos deixar a ciência prevalecer”, disse Martin. “E não apenas não tivemos nenhuma morte; nós nem mesmo tivemos nenhum de nossos chefes de missão em contato próximo [com a doença].”

A resposta rápida que deram também contribuiu para o fim da epidemia de ebola em Guiné, Libéria e Serra Leoa. 

Embora tendo em mente a ampla gama de práticas culturais e sociais distintas na África Ocidental, os oito diplomatas trabalharam com as comunidades visando garantir práticas médicas seguras especialmente ajudando famílias doentes a cumprir quarentenas e enterrar seus entes queridos falecidos sem expor a comunidade ao vírus.

Centro de recuperação médica dentro de uma tenda (Usaid)
Centro de recuperação de ebola na Libéria. Os esforços de colaboração entre as agências dos EUA salvaram inúmeras vidas (Usaid)

Os diplomatas também mobilizaram o apoio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, do Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos, do Departamento de Defesa e dos governos locais a fim de apoiar o desenvolvimento de uma vacina contra o ebola.

Na época, a presença dessas agências americanas na região era comparativamente pequena. O trabalho desses diplomatas deixou uma marca maior e mais permanente na região e aumentou a infraestrutura de saúde.

O sucesso do rastreamento de contatos, do tratamento e de práticas saudáveis no contexto do ebola, em última análise, ajudou a interromper a propagação e acabar com a epidemia.

A gestão de crises nas três Embaixadas foi “a melhor colaboração entre a rede interagências que já vi em quase todos os lugares, certamente durante minha carreira”, disse Deborah Malac. “Podíamos ver a epidemia se desenrolando à nossa frente e sabíamos que tínhamos de recuperar o tempo perdido.”

Desde setembro de 2019, o Departamento de Estado compartilha as histórias dos atuais e históricos “Heróis da Diplomacia”. Esses indivíduos exibiram coragem intelectual, moral e até física enquanto promoviam a missão do Departamento.

* site em inglês