
Karine Jean-Pierre pensava que era inconcebível que um dia ela estaria perante a imprensa e faria a coletiva diária como principal porta-voz do presidente dos Estados Unidos.
Ela é filha de um motorista de táxi e de uma dona de salão de beleza de Nova York, ambos imigrantes; seus pais esperavam que ela fosse ser médica — mas ela não passou no exame de admissão da Faculdade de Medicina. Em vez disso, ela se formou na Faculdade de Assuntos Públicos e Internacionais da Universidade de Colúmbia.
Atualmente, ela é a primeira secretária de Imprensa negra e abertamente gay da Casa Branca.

“A representação importa, e não somente para meninas, mas também para meninos”, disse Karine no início de sua primeira coletiva de imprensa* em 16 de maio. “E então o que eu espero é que os jovens possam sonhar grande e sonhar mais alto do que antes, me vendo aqui e respondendo a todas as suas perguntas.”
A primeira incursão de Karine na política foi trabalhando para o verador da Cidade de Nova York, James Gennaro, presidente do Comitê de Proteção Ambiental do Conselho.
Depois, Karine trabalhou na campanha de 2008 do ex-presidente Barack Obama e, posteriormente, na campanha de 2020 do presidente Biden. Desde o começo do governo Biden-Harris, ela tem servido como principal vice-secretária de Imprensa.
Ela tem uma filha com sua parceira, a jornalista Suzanne Malveaux.
O governo Biden é o mais diversificado da história dos EUA, com 58% de mulheres, 18% de pessoas que se identificam como negros ou afro-americanos e 14% de pessoas abertamente LGBTQI+ servindo no Gabinete do presidente Biden.
“Estou aqui graças a eles. Se não fosse por gerações de pessoas que quebraram barreiras antes de mim, eu não estaria aqui”, disse Karine sobre seus precursores políticos, como por exemplo, seu mentor e ex-prefeito de Nova York David Dinkins, o primeiro negro a ocupar o cargo. “Mas eu usufruo dos sacrifícios que fizeram. Aprendi com a excelência deles e sou eternamente grata a eles.