Corpo da Paz celebra espírito de voluntariado

Mulheres com roupas da cultura quirguiz sorrindo e olhando umas para as outras (Cortesia: Corpo da Paz)
Estagiárias do Corpo da Paz na República do Quirguistão posam para uma foto após apresentarem uma dança nacional do Quirguistão (Cortesia: Corpo da Paz)

Ulugbek Khakimov, natural do Uzbequistão, se lembra da primeira vez que conheceu voluntários do Corpo da Paz em sua cidade natal em 2003. Eles lhe ensinaram inglês e ele ensinou os voluntários a cozinhar arroz pilaf e celebrar feriados como o Nowruz.

“Essas experiências mudaram minha vida para sempre*”, escreveu ele em fevereiro.

As trocas encorajaram Khakimov, que cresceu em Gulistão, Uzbequistão, a continuar melhorando suas habilidades em inglês. Agora ele trabalha como assessor de Imprensa da Embaixada dos Estados Unidos em Tashkent.

Foto de Ulugbek Khakimov posando em frente a uma placa; à direita, uma foto de grupo com Khakimov e outras pessoas (Cortesia: Corpo da Paz)
À esquerda: Ulugbek Khakimov trabalha como assessor de imprensa na seção de Diplomacia Pública da Embaixada dos EUA em Tashkent. À direita: Khakimov, na extrema direita, com colegas e voluntários do Corpo da Paz em sua cidade natal, Gulistão, Uzbequistão (Cortesia: Corpo da Paz)

O Corpo da Paz celebra o espírito de voluntariado e as recompensas do intercâmbio multicultural. Fundado em 1º de março de 1961, conecta voluntários dos EUA a comunidades ao redor do mundo para enfrentar desafios locais.

Em dezembro de 2022, o Corpo da Paz deu as boas-vindas ao seu grupo inaugural de voluntários no Vietnã, a 143ª nação parceira. Nove professores de Inglês lecionarão ao lado de instrutores vietnamitas em escolas de ensino médio.

“O Vietnã é uma adição bem-vinda à nossa comunidade global e estou ansiosa para ver como voluntários e professores trabalham juntos com o intuito de inspirar a próxima geração”, disse Carol Spahn, diretora do Corpo da Paz.

Pessoas montam uma estrutura com tiras de madeira pintadas de vermelho em local arborizado ao ar livre (Cortesia: Corpo da Paz)
Voluntários do Corpo da Paz aprendem a montar uma tenda tradicional do Quirguistão no Dia da Cultura em julho de 2022 (Cortesia: Corpo da Paz)

O Corpo da Paz tomou forma a partir de um discurso de John F. Kennedy chamando a atenção para a importância do serviço público em escala global.

Durante uma visita de 1960 à Universidade de Michigan, Kennedy, então senador dos Estados Unidos em campanha para presidente, perguntou aos estudantes se eles estariam dispostos a servir seu país vivendo e trabalhando no exterior em prol da paz. Alguns meses depois de se tornar presidente, Kennedy assinou um ato do Executivo estabelecendo o Corpo da Paz.

John F. Kennedy discursa da parte traseira de um vagão de um trem para uma multidão de pessoas presentes (© AP)
O senador John F. Kennedy, candidato democrata à Presidência, discursa para uma multidão estimada em 7 mil pessoas na parte traseira de um trem enquanto inicia uma excursão pelo sudeste de Michigan em Ann Arbor, Michigan, 14 de outubro de 1960 (© AP)

Desde então:

  • Mais de 240 mil americanos já serviram como voluntários no exterior* desde 1961.
  • Mais de 7.300 voluntários serviram em 62 nações antes da Covid-19.
  • Quase 900 voluntários do Corpo da Paz estão servindo agora em 45 nações.

Vários voluntários consideraram seus primeiros mandatos tão recompensadores que se candidataram a uma segunda experiência em outro país. Christine Palumbo serviu por dois anos em Serra Leoa lecionando e coletando doações para uma biblioteca aos 21 anos de idade.

“Todos nós temos uma responsabilidade como cidadãos globais*, não importa onde você esteja, de observar o que realmente está acontecendo no mundo e ver onde podemos ajudar”, disse ela. “O serviço do Corpo da Paz é uma maneira de ajudar outras nações.”

Décadas depois, ela retornou à Costa Rica em 2018–2019 a fim de ajudar a desenvolver o exame nacional de Inglês. Ela também orientou professores de Inglês em Timor-Leste em um programa virtual.

Foto de uma mulher abraçando Erika Bryant, ambas em vestidos africanos; na foto ao lado, um grupo de jovens posa para a foto ao ar livre sob um dossel (Cortesia: Corpo da Paz)
Foto da esquerda: Erika Bryant, à direita, com uma mulher que conheceu na Guiné em 1992. Foto da direita: Erika Bryant e seus colegas estagiários no Senegal em 1991 (Cortesia: Corpo da Paz)

As experiências de Erika Bryant ensinando inglês na Guiné durante a década de 1990 influenciaram as decisões que ela tomou ao longo de sua vida. Ela morou no Mali por dez anos e trabalhou com educação antes de retornar aos Estados Unidos.

“O Corpo da Paz literalmente mudou a trajetória da minha vida*”, disse Erika. “Durante o meu serviço, eu me apaixonei pelo Continente Africano.” Hoje ela lidera uma escola pública com gestão privada (charter school)​ em Washington. Seus filhos estão seguindo seu exemplo viajando para o exterior e aprendendo francês e árabe.

* site em inglês