Os produtos de beleza tradicionais africanos como óleo de coco e manteiga de karité, outrora desconhecidos nos Estados Unidos, se tornaram requisitos permanentes nas prateleiras dos grandes varejistas americanos.
Isso graças, em grande parte, a empresas como Alaffia, com sede no estado de Washington e fundada por Olowo-n’djo Tchala, imigrante togolês, e sua esposa americana, Rose Hyde.

Alaffia será destaque no próximo Fórum da Lei de Crescimento e Oportunidades para a África (Agoa), realizado anualmente, em Lomé, Togo, de 8 a 10 de agosto. O fórum envolverá delegações dos Estados Unidos e da África Subsaariana em discussões sobre comércio e investimento entre EUA e África.
Autoridades de ambas as regiões estão empenhadas em promover as parcerias comerciais transatlânticas. Esse compromisso ajuda empreendedores como Tchala e Rose a criar empregos nos dois lados do Atlântico. Sua empresa, Alaffia, já criou 125 empregos no Estado de Washington e cerca de 4.200 em Togo.
Tchala e Rose fundaram a Alaffia em 2003 com o objetivo de empoderar comunidades togolesas através do comércio justo, no qual os preços justos são pagos a produtores locais e os lucros retornam para as comunidades. Alaffia vende produtos togoleses naturais e tradicionais, como sabonete, óleo de coco e manteiga de karité, em lojas como Whole Foods. Os lucros das vendas financiam iniciativas comunitárias como projetos de saúde materna e vários outros na área da educação.

Tchala, que cresceu no Togo e teve de abandonar a escola na sexta série, é testemunha de como o comércio consegue transformar as comunidades. Ele é categórico ao afirmar que o comércio livre e justo é o caminho para a prosperidade da África.
“Temos algo para oferecer ao mundo”, Tchala diz. “Não é [sempre sobre]: ‘O que o Ocidente pode fazer por nós?’ É: ‘O que podemos fazer pelo Ocidente?’”