O presidente Obama está determinado a melhorar a segurança cibernética com seu novo plano (© AP Images)

Será muito mais difícil roubar dados pessoais ou ameaçar sistemas de rede conforme previsto no Plano de Ação Nacional de Segurança Cibernética* proposto pelo presidente Obama.

“Com os adversários cibernéticos da nação ficando cada vez mais sofisticados a cada dia — desenvolvendo novos botnets (redes de computadores infectados usadas para ataques hacker), spyware (ameaças que monitoram as atividades de um sistema e enviam as informações coletadas), malware (software que se infiltra em um computador para roubar informações ou causar danos) e ransomware (vírus que trava um computador até que o proprietário pague um resgate) — temos de ser ainda mais ágeis e resilientes, e ficar à frente dessas ameaças”, escreveu Obama em um artigo no Wall Street Journal*.

Embora a proposta de US$ 19 bilhões vise principalmente melhorar a infraestrutura de TI do governo, os cidadãos comuns também podem perceber uma melhora na segurança on-line:

  • Verificação em duas etapas: o plano promove a autenticação de múltiplos fatores, ou verificação em duas etapas, que requer um segundo login como prova de identificação. Isso inclui o uso de leitores de impressões digitais ou envio de textos a smartphones que incluem um código de segurança para tornar o acesso a informações mais seguro.
Muitos empregos na área de segurança cibernética permanecem vagos em todo o mundo (© AP Images)
  • Empregos e educação: mais pessoas capacitadas em segurança cibernética são necessárias para fazer o plano funcionar. Parte do plano requer milhões de dólares para financiar bolsas de estudo em segurança cibernética. Por exemplo, o Comando Cibernético dos EUA (que integra as Forças Armadas dos EUA) está desenvolvendo uma Força Missão Cibernética com 133 equipes que será composta por mais de 6 mil pessoas.
  • Adesivos de segurança de tecnologia: o plano inclui o Programa de Garantia de Segurança Cibernética que colocará adesivos em itens de tecnologia para mostrar que são seguros. Isto “certificará os dispositivos em rede (…) quer sejam refrigeradores ou bombas médicas de infusão, de modo que quando você comprar um produto, poderá ter certeza que ele foi certificado para atender aos padrões de segurança”, segundo um informativo da Casa Branca.

O Plano de Ação Nacional de Segurança Cibernética faz parte do orçamento proposto pelo presidente Obama para o ano fiscal de 2017.

Um relatório de 2014* de autoria do provedor de segurança da internet McAfee estima que em todo o mundo, governos, empresas e pessoas percam US$ 4 bilhões anualmente devido a crimes cibernéticos. A fim de combater essa ilegalidade, faculdades e universidades dos EUA oferecem programas em segurança cibernética que capacitam estudantes de todo o mundo sobre as últimas abordagens para tornar a internet segura para todas as pessoas.

*site em inglês