Antony Blinken com as mãos juntas enquanto discursa de um púlpito (© Santiago Arcos/AP Images)
Ao discursar em Quito, Equador, em 20 de outubro, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, instou os países a trabalharem juntos a fim de garantir que as democracias produzam resultados para todos (© Santiago Arcos/AP Images)

Os Estados Unidos estão trabalhando para garantir que governos democráticos apresentem resultados a todas as pessoas das Américas, disse o secretário de Estado, Antony Blinken.

Em um importante discurso proferido em 20 de outubro em Quito, Equador, Blinken defendeu a democracia como o melhor meio de empoderar as pessoas para enfrentarem problemas urgentes.

Governos democráticos têm proporcionado paz e prosperidade sem precedentes à América Latina, expandindo a classe média e reduzindo a pobreza pela metade, disse Blinken. Mesmo assim, ele reconheceu que muitas pessoas sentem que seus governos não estão fazendo o suficiente.

“A capacidade de nossas democracias de fechar a lacuna entre o que prometemos e o que entregamos depende em grande parte do que fazemos, juntos, para melhorar”, disse Blinken.

É por isso que os Estados Unidos estão trabalhando com parceiros democráticos na América Latina para combater a corrupção, manter as pessoas seguras e enfrentar desafios econômicos e sociais persistentes, como desigualdade e discriminação, disse ele.

Tuíte:
Secretário Antony Blinken
Reuni-me hoje com o presidente do Equador, Lasso Guillermo, e com o ministro das Relações Exteriores, Mauricio Montalvo, a fim de discutir o fortalecimento de nossa parceria na região, o combate à crise climática e os esforços contínuos visando enfrentar os desafios de segurança regional. @SecBlinken @LassoGuillermo @MMontalvoEC

Blinken elogiou a imprensa, os cidadãos e os ativistas equatorianos que, há uma década, ajudaram a impedir que um líder eleito enfraquecesse as instituições democráticas, como um sistema judicial independente.

Parceria contra a corrupção

Prevenir a corrupção é fundamental para preservar a confiança no governo, disse Blinken.

Os Estados Unidos estão trabalhando com parceiros do governo e da sociedade civil visando expor e processar judicialmente a corrupção, que reduz a produção econômica global em até 5% ao ano. Os Estados Unidos também estão fortalecendo as ferramentas civis, como o jornalismo investigativo.

“Essas ferramentas nos ajudarão a aumentar o custo da corrupção muito além de nossas fronteiras”, disse Blinken. “Nenhum país pode combater a corrupção de forma eficaz sozinho, ou mesmo apenas com a ajuda de outros governos. Precisamos de parceiros anticorrupção fortes em todos os lugares — e em todos os campos.”

Mantendo as pessoas seguras

Blinken também disse que os Estados Unidos estão tentando abordar as causas principais das atividades criminosas no hemisfério, investindo nas comunidades, em vez de simplesmente financiar forças de segurança.

Os esforços anteriores dos EUA se concentraram muito nos “sintomas do crime organizado, como homicídios e tráfico de drogas, e muito pouco nas causas subjacentes”, disse ele. “Estamos trabalhando para corrigir esse desequilíbrio.”

Os Estados Unidos estão apoiando programas de prevenção da violência nas comunidades, ao mesmo tempo que capacitam promotores e juízes para fortalecer o Estado de Direito.

Oportunidade crescente

Os Estados Unidos também estão levando novas oportunidades econômicas para as Américas.

Os Estados Unidos já investiram mais de US$ 10 bilhões em nações latino-americanas e caribenhas desde 2020, disse Blinken. Esse financiamento, por meio da Corporação Internacional de Financiamento do Desenvolvimento dos EUA, estimula bilhões a mais em investimentos do setor privado.

O apoio financeiro promove projetos que têm parceria com comunidades locais, em vez de sobrecarregá-los com dívidas. Os projetos também respeitam as legislações trabalhistas e ambientais.

“Embora vejamos desafios reais em nossas democracias, também não temos dúvidas sobre a melhor maneira de enfrentá-los”, disse Blinken. “É colocar esses problemas às claras e trabalhar em conjunto, inclusive com pessoas com as quais vocês nem sempre concordam — essa é a maneira de corrigi-los.”