Há um ano, em 16 de março, a Rússia orquestrou um referendo na Crimeia que violou a Constituição ucraniana e foi condenado pela comunidade internacional. Esta é a última de uma série de cinco partes sobre os custos que as ações da Rússia impuseram à Crimeia. A primeira resume a situação um ano depois da ocupação russa. A segunda fala dos desaparecimentos forçados. A terceira, sobre as dificuldades econômicas, intitula-se “Turismo despenca, inflação sobe”. A quarta é sobre cidadania forçada.
Leis repressivas da Rússia
Desde a ocupação russa da Crimeia em março de 2014, as autoridades russas impuseram leis repressivas às pessoas que moram na Crimeia. Entre essas leis está a excessivamente ampla lei russa sobre extremismo, que há muito tempo é criticada por grupos de direitos humanos.
A lei russa sobre extremismo (PDF em inglês) proíbe aqueles que promovem “exclusividade, superioridade ou inferioridade de cidadãos” com base na religião e é usada com frequência para processar membros de grupos da sociedade civil e da mídia independente e justificar a apreensão de propriedade e literatura religiosa, bem como para inibir o direito à reunião pacífica. Perseguições, detenções e batidas policiais dirigidas para tais pessoas têm sido realizadas com frequência com base nessa lei.
Autoridades russas fizeram uso dessa lei sobre extremismo para oprimir os tártaros, população étnica muçulmana da Crimeia que se opõe abertamente à ocupação russa. Desde a ocupação, as manifestações de tártaros estão proibidas e casas, mesquitas, empresas e escolas de tártaros têm sido alvo de buscas agressivas.
Outros grupos religiosos visados
Os tártaros da Crimeia não são os únicos alvos da perseguição oficial. Fiéis judeus, católicos e ortodoxos gregos e ucranianos também têm enfrentado perseguição e confisco de bens. A recusa da renovação de vistos de líderes religiosos, exigências para novo registro de grupos religiosos estabelecidos sem instruções razoáveis e o aumento dos aluguéis das igrejas estão entre os encargos legais e administrativos impostos pelas autoridades russas.
Saiba mais sobre os custos das ações da Rússia na Ucrânia seguindo a hashtag #UnitedforUkraine(#UnidospelaUcrânia).