Há um ano, em 16 de março, a Rússia orquestrou um referendo ilegal na Crimeia que violou a Constituição ucraniana e foi condenado pela comunidade internacional. Esta é a terceira de uma série de cinco partes sobre os custos que as ações da Rússia impuseram à Crimeia. A primeira resume a situação um ano depois da ocupação russa. A segunda fala dos desaparecimentos forçados (site em inglês).

A Crimeia, península no Sul da Ucrânia, sempre foi uma atração para os turistas de verão, orgulhando-se de visitantes famosos como o contista russo Anton Tchekhov, o escritor americano Mark Twain e a família imperial russa dos Romanovs.

Desde a ocupação russa em março de 2014, a Crimeia viu o número de visitantes cair em 45% — número difícil de ser aceito quando a renda de uma em cada três famílias da Crimeia depende do turismo.

Outros setores da economia da Crimeia também sofreram devido à ocupação russa.

Em 2014, a inflação na Crimeia (artigo em inglês) atingiu 42,5% — a segunda mais alta do mundo depois da Venezuela. O custo dos alimentos na Crimeia (site em russo) em dezembro de 2014 subiu 50% em comparação ao ano anterior, com o aumento de mais de 60% no custo de itens como ovos, carne, farinha e frutas. No mesmo período de um ano, como resultado da inflação desenfreada, os salários da população da Crimeia encolheram 8,5 % em termos reais.

Outras dificuldades incluem os investimentos de capital na Crimeia, que caíram 77% durante os primeiros cinco meses de 2014, e o desemprego, que subiu quase 4 pontos percentuais no ano. A indústria da construção civil na Crimeia (artigo em inglês), parte central de sua economia, caiu 34,2% em 2014. Desde a tentativa russa de anexação, quase todos os negócios na Crimeia são realizados em dinheiro vivo devido ao sistema bancário falido da Crimeia.

Saiba mais sobre os custos das ações da Rússia na Ucrânia seguindo a hashtag (em inglês) #UnitedforUkraine (#UnidospelaUcrânia).