Certa vez, Farouk El-Baz capacitou os astronautas que estavam planejando fazer o pouso da missão Apollo 11 na Lua. Hoje, o ex-geólogo da Nasa está capacitando estudantes da Universidade de Boston a usar imagens de satélite e outros sensores para estudar a Terra.
Sobre seu papel no âmbito do programa Apollo, particularmente o pouso tripulado na Lua* da Apollo 11, o egípcio El-Baz disse: “Nós sabíamos que os olhos do mundo estavam voltados para o nosso trabalho.”

As contribuições de El-Baz à exploração espacial têm sido reconhecidas de outras maneiras. Após dar uma cópia de seu livro a Rick Berman, o produtor-executivo de “Jornada nas Estrelas: A Nova Geração”, o programa de televisão prestou homenagem ao papel que desempenhou no programa espacial Apollo, da Nasa, batizando a primeira nave auxiliar “Tipo 15” com seu nome na temporada de 1988-1989.
Quando El-Baz estava capacitando astronautas para o pouso na Lua, eles o apelidaram de “o rei”, em homenagem ao rei Farouk do Egito, que governou o país durante a Segunda Guerra Mundial.
El-Baz, que nasceu em 1938 na região do Delta do Nilo, Egito, mantém laços com seu país natal. Dois anos após completar o doutorado em Geologia na Universidade de Missouri-Colúmbia, ele voltou ao Egito e fez parte de uma descoberta inovadora de petróleo offshore no Golfo de Suez.
Recentemente, em abril, El-Baz retornou de uma visita de duas semanas ao Egito. “Eu dei uma palestra durante a última viagem ao Clube de Astronomia da Universidade Americana no Cairo”, disse El-Baz, que se tornou cidadão dos EUA em abril de 1970.
De 1978 a 1981, El-Baz atuou como conselheiro científico do então presidente do Egito Anwar Sadat.

O valor de El-Baz para a exploração lunar dos EUA derivou de sua formação como geólogo, e ele é igualmente conhecido por seu estudo pioneiro sobre desertos e paisagens áridas, em particular a detecção de águas subterrâneas usando imagens espaciais. Em reconhecimento a esse trabalho, a Sociedade Geológica dos Estados Unidos, em 1999, criou um prêmio em seu nome que todos os anos reconhece a excelência em estudos sobre terras áridas.
Hoje, El-Baz continua ativo e envolvido em várias disciplinas acadêmicas. Além de liderar o Centro de Sensoriamento Remoto da Universidade de Boston, o octogenário também é professor pesquisador nos Departamentos de Arqueologia e Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade de Boston e membro do corpo docente associado do Departamento de Terra e Meio Ambiente da universidade.
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