
Cindy Arlette Contreras Bautista vem lutando por justiça para vítimas de violência de gênero desde 2015, quando um tribunal rejeitou acusações contra um homem que ela acusou de tentativa de homicídio e estupro. Apesar de seu ataque ter sido registrado em filme e compartilhado amplamente nas redes sociais, o tribunal condenou o acusado a uma pena de um ano por agressão.
Sua tragédia pessoal alimentou seu compromisso de chamar a atenção para a violência contra as mulheres em seu país natal, o Peru. Hoje, Cindy é uma grande ativista em favor de sobreviventes da violência doméstica e, com sua experiência como advogada, lidera um amplo movimento pelos direitos das mulheres no país e em toda a região.
“Neste momento, sou a voz de mulheres que não conseguem se expressar, que não conseguem contar suas histórias, que não podem se sentar à sua frente neste momento e denunciar publicamente tudo o que vivenciam no dia a dia”, disse Cindy em Washington, em março, durante uma sessão sobre violência contra as mulheres na Organização dos Estados Americanos (OEA).
Cindy Arlette Contreras Bautista, one of the #WomenofCourage, and #IVLP alumna Glenda Gray are on @Time's 100 Most Influential People List. pic.twitter.com/7f1O3OoCDy
— Marie Royce (@ECA_AS) April 21, 2017
Marie Royce, Bureau de Assuntos Educacionais e Culturais do Departamento de Estado (ECA): Cindy Arlette Contreras Bautista, uma das Mulheres de Coragem, e Glenda Gray, ex-aluna do Programa de Visitantes de Lideranças Internacionais (IVLP), integram a lista das 100 pessoas mais influentes da revista Time. #WomenofCourage #IVLP @Time @ECA_AS
Na OEA, ela falou sobre seu trabalho como defensora das mulheres e sobre o movimento de base chamado Not One Woman Less (Nem Uma Mulher a Menos, em tradução livre), que Cindy criou com a ajuda de outros sobreviventes e organizações da sociedade civil no Peru.
Em 2017, Cindy viajou para Washington a fim de se reunir com a primeira-dama dos EUA, Melania Trump, e receber o Prêmio Internacional Mulheres de Coragem, que reconhece mulheres que têm demonstrado coragem e liderança excepcionais. Cindy foi selecionada por causa do seu ativismo em nome de sobreviventes da violência de gênero e sua defesa da responsabilidade institucional. Ela estava entre 13 mulheres de todo o mundo que foram reconhecidas.
“Como todos sabemos, onde quer que as mulheres são diminuídas, o mundo inteiro é diminuído com elas”, disse a primeira-dama no evento de 2017.
Desde que ganhou esse prêmio, Cindy continua a trabalhar em busca de justiça para as mulheres. Ela foi selecionada como uma das 100 Pessoas Mais Influentes pela revista Time em 2017 e uma das 100 Mulheres de 2018 pela BBC.
O processo judicial não precisa ser um teste de resistência para sobreviventes, diz Cindy. “Quero deixar um precedente que sirva e que seja útil — é por isso que continuo com muitos desafios.”
Este artigo foi publicado pela última vez em 24 de abril de 2019. Foi escrito pela redatora freelance Maeve Allsup e é extraído do blog DipNote* do Departamento de Estado.
* site em inglês