Com uma medida sem precedentes que fortalece as Forças Armadas dos EUA, o secretário de Defesa, Ash Carter, ordenou que todas as funções militares do país sejam abertas às mulheres.
“Para ter sucesso em nossa missão de defesa nacional, não podemos nos dar ao luxo de perder metade dos talentos e habilidades do país”, diz Carter*. “Isto significa que, contanto que qualifiquem e atendam aos padrões, as mulheres agora poderão contribuir para nossa missão de uma forma que antes não podiam.”
A decisão de permitir mulheres em posições de combate representa outro marco na participação feminina nas Forças Armadas dos EUA. Desde a Revolução Americana até a atual guerra contra o terrorismo, as mulheres serviram entre os militares, desde funções de apoio até de liderança.
“Nas guerras do Afeganistão e do Iraque, nossas corajosas mulheres de uniforme serviram com honra nas linhas de frente – e algumas deram suas vidas”, disse o presidente Obama*.
A decisão do Pentágono determina a abertura dos últimos 10% de cargos militares às mulheres [que já tinham acesso aos outros 90%] e permite que elas cumpram tarefas duras, inclusive em unidades de operações especiais, como a Seal da Marinha e a Força Delta do Exército.

As mulheres gradualmente ocuparam funções militares que em décadas passadas eram restritas aos homens. Em 1995, mulheres pilotos começaram a voar em missões de combate e, em 2010, a Marinha anunciou que as mulheres podiam servir em submarinos. No início de 2015, a Escola dos Rangers do Exército dos EUA formou as primeiras mulheres em seu programa.
“Elas poderão dirigir tanques, lançar morteiros e liderar soldados de infantaria em combates”, diz Carter. “Mais importante: nossos militares serão mais capazes de aproveitar as habilidades e perspectivas que mulheres talentosas têm a oferecer.”
A decisão foi fruto de uma rigorosa análise de dados que durou três anos.
Os militares desenvolveram diretrizes para colocar mulheres em postos de combate, agora que não existem mais barreiras. Carter observou, contudo, que este processo demandará tempo e esforço.
“A implementação não ocorrerá da noite para o dia”, diz ele. “E embora no final isto nos tornará melhores e mais fortes, ainda teremos problemas para resolver e desafios a superar.”
Você sabia que algumas mulheres se disfarçavam de homens* para lutar na Revolução Americana? Saiba mais com esta linha do tempo: