Despedida: americanos falecidos em 2017

Durante o ano de 2017, os americanos disseram adeus a muitas pessoas talentosas. Aqui estão 10 pessoas que morreram nesse ano, todas elas tendo tido vidas notáveis.

Foto-composição com duas fotos: homens jovens com cabelos longos (© Chris Walter/WireImage/Getty Images); homem com longos cabelos loiros (© Richard E. Aaron/Redferns/Getty Images)
À esquerda: Tom Petty e os Heartbreakers (© Chris Walter/WireImage/Getty Images). À direita: Tom Petty (© Richard E. Aaron/Redferns/Getty Images)

A lenda da música, Tom Petty, um prolífico compositor de canções que entraram em paradas de sucesso desde o final da década de 1970, liderou sua banda The Heartbreakers por décadas e cofundou o supergrupo Travelling Wilburys nos anos 1980. Seus sucessos contam histórias de rebeldes e marginais e incluem “American Girl”, “Refugee”, “I Will not Back Down” e “Free Fallin”. Ele morreu em 2 de outubro aos 66 anos.

Mary Tyler Moore (© Bettmann/Getty Images)
A representação que Mary Tyler Moore fez de uma produtora de redação de notícias de tevê rompeu barreiras e abriu novos caminhos (© Bettmann/Getty Images)

A atriz Mary Tyler Moore estrelou duas séries de televisão, The Dick Van Dyke Show (1961-1966) e The Mary Tyler Moore Show (1970-1977). Em sua série que leva seu sobrenome, Mary Tyler Moore interpretou a personagem Mary Richards, a única mulher trabalhando como produtora de redação de notícias em uma estação de tevê de Minneapolis. Essa representação impulsionou os padrões de gênero e promoveu a aceitação das mulheres profissionais independentes. Ela morreu em 25 de janeiro aos 80 anos.

Foto-composição com duas fotos: homem com guitarra no palco; homem posando com guitarra para a capa de álbum de música (© Michael Ochs Archives/Getty Images)
À esquerda: Chuck Berry faz a apresentação do passo de dança “pato andando”, que se tornou sua marca registrada, no palco em 1964. À direita: Berry posa para uma foto de publicidade, por volta de 1958 (© Michael Ochs Archives/Getty Images)

O cantor/guitarrista Chuck Berry reconfigurou os elementos do rhythm-and-blues para ajudar a criar o novo gênero da música rock na década de 1950. Clássicos da música de sua autoria incluem “Maybellene”, “Roll Over Beethoven”, “Rock and Roll Music” e “Johnny B. Goode”. O seu estilo showman e as músicas que compôs garantiram sua escolha para integrar o Hall da Fama do Rock and Roll quando este foi criado em 1986. Ele morreu em 18 de março aos 90 anos.

Astronauta flutuando no espaço acima da Terra (Nasa)
O astronauta Bruce McCandless flutua no espaço a poucos metros de distância da cabine da nave espacial Challenger, que orbitou a Terra em 1984 (Nasa)

Em 1984, o astronauta da Nasa Bruce McCandless se tornou a primeira pessoa a fazer uma caminhada espacial sem estar preso a um cabo de conexão, usando uma mochila a jato que McCandless ajudou a projetar. Ele morreu em 21 de dezembro aos 80 anos, e sua esperança era que seu trabalho inspirasse a próxima geração de exploradores.

Três homens vestindo ternos se encontram parados ao lado de carro esportivo (© S&G/PA Images/Getty Images)
O novo Ford GT40 com seus projetistas John Wyer (à esquerda) e Roy Lunn (à direita). No centro, vemos Eric Broadley (© S&G/PA Images/Getty Images)

O engenheiro de automóveis Roy Lunn — visionário por trás dos seguintes clássicos: Ford Mustang, Ford GT40, Aston Martin DB2, Jeep Cherokee e outros carros — nasceu no Reino Unido e se tornou cidadão americano em 1962. Considerado o “pai dos utilitários esportivos SUV modernos”, ele foi eleito para o Hall da Fama dos Automóveis em 2016. Mesmo aposentado, ele permaneceu ativo mentoreando estudantes de Engenharia na Universidade de Santa Barbara na Califórnia. Lunn morreu em 5 de agosto aos 92 anos.

Mulher segura quadro emoldurado contendo um conjunto de bolas de beisebol (© Eli Meir Kaplan/New York Times/Redux)
Mamie “Peanut” Johnson, em 2010, mostra as bolas de beisebol dos primeiros arremessos cerimoniais que ela lançou (© Eli Meir Kaplan/New York Times/Redux)

A atleta Mamie Johnson rompeu barreiras ao se tornar uma das três únicas mulheres (e a primeira arremessadora) a jogar nas Ligas dos Negros, uma vitrine para o talento de beisebol dos afro-americanos antes de a Liga Principal do Beisebol estar totalmente integrada. Mamie, que tinha 1,60m de altura, era conhecida como “Peanut”. Ela foi contratada por Indianápolis em 1953 e obteve um recorde de vitórias e derrotas de 33-8 em três temporadas. O livro A Strong Right Arm descreve a vida de Mamie Johnson. Ela morreu em 19 de dezembro aos 82 anos.

Foto-composição com duas fotos: fotógrafo de pé em rua de cidade (© New York Times) e dois boxeadores se enfrentando (© Don Hogan Charles/New York Times/Redux)
À esquerda: Don Hogan Charles (© New York Times). À direita: uma foto de autoria de Charles mostra os boxeadores Floyd Patterson e Muhammad Ali brincando de dar soco (© Don Hogan Charles/The New York Times)

O fotógrafo Don Hogan Charles, o primeiro fotógrafo negro contratado pelo New York Times, passou mais de 40 anos documentando celebridades, modelos de moda e líderes mundiais. Ele é mais conhecido, no entanto, por suas imagens capturando momentos fundamentais do período do movimentos pelos direitos civis nos EUA. Em 1996, quatro de suas fotos foram incluídas em uma exposição no Museu de Arte Moderna de Nova York. Ele morreu em 15 de dezembro aos 79 anos.

Retrato de Sam Shepard (© Sara Krulwich/New York Times/Redux)
Sam Shepard posa para a câmera em 2002 (© Sara Krulwich/ New York Times/Redux)

O dramaturgo e ator de cinema Sam Shepard alcançou a fama como autor de dramas de teatro como Buried Child (que ganhou um Prêmio Pulitzer em 1979), True West e Fool for Love. Suas peças, apresentando personagens sem raízes e às margens da sociedade americana, inspiraram a revista New York a chamá-lo de “o maior dramaturgo americano de sua geração”. Como ator, Shepard tinha um estilo lacônico que lembrava Gary Cooper, grande nome de Hollywood. Em 1984, Shepard foi indicado para um Oscar por sua representação de um piloto em Os Eleitos – Onde o Futuro Começa. Ele morreu em 27 de julho aos 73 anos.

Foto-composição com duas fotos: mulher tocando piano; mulher sentada no sofá (© Robert Caplin/New York Times/Redux)
Barbara Smith Conrad, à esquerda, toca piano em sua casa em Nova York em 2011. À direita, ela compartilha histórias sobre sua vida e carreira (© Robert Caplin/New York Times/Redux)

A cantora com treinamento clássico, a mezzo-soprano Barbara Smith Conrad, foi selecionada aos 19 anos para cantar com o elenco de uma ópera estudantil, mas foi forçada a se retirar devido à oposição do público a uma produção em que havia a integração de atores de diversas raças. A situação fez dela um símbolo do movimento americano pelos direitos civis. Ela finalmente cantou nos palcos mais ilustres do mundo, desde o Metropolitan Opera de Nova York até a Ópera Estatal de Viena. Barbara morreu em 22 de maio aos 79 anos.

Astronauta e buggy na Lua (Nasa)
Em dezembro de 1972, o astronauta Eugene Cernan anda em direção ao robô lunar durante a sexta e última missão da Apollo da Nasa até a superfície lunar (Nasa)

O astronauta Eugene Cernan, comandante da missão Apollo 17 da Nasa, foi a última pessoa a caminhar na Lua. “O céu não é mais o limite”, disse ele. “A palavra ‘impossível’ já não pertence ao nosso vocabulário.” Aterrissando em 14 de dezembro de 1972, ele desceu a escada do módulo e escreveu as iniciais do nome de sua filha de 9 anos no solo lunar. (Mais de 40 anos depois, suas pegadas lunares permanecem visíveis.) Apaixonado pela exploração espacial, Cernan instou os jovens a darem continuidade a seu trabalho a partir de onde parou. Ele morreu em 16 de janeiro aos 82 anos.