A Mesquita do Profeta Younis, que abrigou o Túmulo de Jonas, tinha 2.800 anos de idade. O grupo terrorista conhecido como EIIL a destruiu em um único dia. Em todo o Iraque e na Síria, o EIIL já destruiu inúmeras outras mesquitas, tumbas, locais sagrados e tesouros culturais.
Em um pronunciamento em 22 de setembro de 2014 durante o evento “Patrimônio em Perigo: Iraque e Síria” no Museu Metropolitan de Nova York, o secretário de Estado, John Kerry, apelou por uma ação conjunta (site em inglês) para salvaguardar a herança cultural que se encontra sob a ameaça de grupos extremistas. Ele observou que a cultura é “o alicerce da vida” para muitos e acusou o EIIL não apenas de “roubar vidas”, mas também de “roubar a alma de milhões”. E ressaltou que esses atos de “barbárie cultural” não são “apenas uma tragédia para os sírios e a população iraquiana”, mas “uma tragédia para todos os povos civilizados”.

Organizações como o Instituto Iraquiano para a Conservação de Antiguidades e Patrimônio (site em inglês), a Fundação Nacional de Ciência e a Associação Americana para o Avanço da Ciência (site em inglês) estão firmando parceria no esforço global para proteger e preservar as antiguidades culturais, incluindo:
- Documentar a condição dos sítios de patrimômio cultural na Síria e estender esse esforço até o Iraque.
- Financiar e capacitar os especialistas em conservação iraquianos.
- Utilizar satélites para rastrear a destruição de sítios históricos sírios.
De acordo com o jornal Washington Post (site em inglês), o EIIL é declaradamente a organização terrorista mais rica do mundo. Grande parte da sua riqueza foi acumulada em razão de saques no Iraque e na Síria e, em seguida, pela venda de artefatos roubados vitais para fornecer o conhecimento histórico de culturas que antecedem ao Cristianismo, ao Judaísmo e ao Islamismo.
“O EIIL não está apenas decapitando indivíduos; está rompendo a estrutura de civilizações inteiras. E não tem respeito nenhum pela vida. E não tem respeito nenhum pela religião. E não tem respeito nenhum pela cultura, que para milhões representa, na verdade, o alicerce da vida”, afirmou Kerry.

Mais de 50 países se reuniram em um amplo esforço para combater o EIIL, incluindo cinco países árabes que participaram de uma ação militar na Síria. “O esforço global levará tempo; existem desafios pela frente, mas iremos fazer o que for necessário para combater o EIIL, começar a deixar claro que o terrorismo, o extremismo não têm lugar na construção da sociedade civilizada”, declarou Kerry.