
Em mais uma violação do Direito Internacional, o regime iraniano prendeu o embaixador do Reino Unido depois que ele participou de uma vigília pelas vítimas do ataque com mísseis por parte do regime em um avião de passageiros, incluindo cidadãos britânicos.
O secretário do Serviço de Relações Exteriores do Reino Unido, em comunicado, denunciou a prisão do embaixador Rob Macaire em 11 de janeiro em Teerã como “sem fundamento ou explicação” e “uma flagrante violação do Direito Internacional”.
A declaração acrescenta que a prisão mostra os líderes do Irã em uma marcha rumo ao “status de pária” e conclama o regime a adotar a diplomacia, e não o isolamento internacional.
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Detained half an hour after leaving the area. Arresting diplomats is of course illegal, in all countries. See comments by Foreign Secretary @DominicRaab. https://t.co/djpr99iSwI— Rob Macaire (@HMATehran) January 12, 2020
Tuíte 1:
Obrigado pelas muitas mensagens de boa vontade. Posso confirmar que não participei de nenhuma manifestação! Fui a um evento anunciado como uma vigília pelas vítimas da tragédia [do voo] #PS752. É normal querer prestar homenagem – algumas das vítimas eram britânicas. Saí após 5 minutos, quando algumas pessoas começaram a entoar palavras de ordem.
Tuíte 2:
Rob Macaire: Detido meia hora depois de deixar a área. A prisão de diplomatas é obviamente ilegal em todos os países. Ver comentários do secretário de Relações Exteriores @DominicRaab @HMATehran
https://www.gov.uk/government/news/arrest-of-ambassador-to-iran-foreign-secretary-statement
A prisão do embaixador é apenas o exemplo mais recente do desrespeito do regime iraniano pelas proteções da Convenção de Viena para diplomatas e as embaixadas que os abrigam.
A convenção, da qual o Irã é signatário, diz: “Um agente diplomático deve gozar de imunidade da jurisdição criminal do Estado receptor.”
A convenção também sustenta que as embaixadas são invioláveis. Isso significa que uma nação anfitriã não pode entrar em seu interior sem permissão e deve protegê-las “contra qualquer invasão ou dano e [deve] impedir qualquer perturbação da paz da missão ou prejuízo de sua dignidade”.
No entanto, logo após a revolução do Irã em 1979, os radicais invadiram a Embaixada dos EUA em Teerã e mantiveram 52 americanos reféns* por 444 dias. O regime administrativo apoiou isso e, ainda hoje, os sequestradores mantêm posições de responsabilidade no governo do Irã.
O regime iraniano também estava por trás do ataque de 31 de dezembro à Embaixada dos EUA em Bagdá. O general Qassem Soleimani foi o arquiteto-chefe. Seus capangas, líderes das milícias apoiadas pelo Irã no Iraque, reuniram multidões do lado de fora da embaixada, incentivando o ataque.
Soleimani foi morto em um ataque de drone dos EUA em 2 de janeiro, pondo fim ao terrorismo e à violência sectária que ele alimentou por décadas, causando a morte de milhares de pessoas.
* site em inglês, russo e árabe