Com os avanços no desenvolvimento do plantio, a agricultura e o setor de alimentos mundiais se prepararam para tornar as pessoas mais saudáveis. Um aperfeiçoamento notável no melhoramento de culturas agrícolas é chamado de biofortificação. Essa técnica produz alimentos com maior eficiência dos micronutrientes e melhora a renda dos agricultores.
Em Uganda, batatas-doces laranjas biofortificadas introduzidas em 2007 estão salvando a vida de crianças antes subnutridas e abaixo do peso. As batatas laranjas são produzidas para ter quantidades elevadas de betacaroteno, que o corpo converte em vitamina A.
As crianças precisam de vitamina A para desenvolver seu sistema imunológico e ter uma boa visão. Apenas meia xícara dessas batatas biofortificadas, cozidas ou na forma de purê, atende às necessidades diárias de uma criança com menos de 5 anos.

Além de oferecer maior valor nutricional do que as variedades de batata branca e amarela tradicionalmente consumidas pelos ugandenses, a variedade laranja, rica em nutrientes, amadurece mais cedo e tem um rendimento mais alto. E proporciona aos agricultores rendas mais altas, segundo a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid).
O custo da inação
A desnutrição representa um ônus econômico. Crianças subnutridas se tornam adultos que ganham 20% a menos do que aqueles cuja alimentação foi saudável, segundo o Conselho de Relações Exteriores de Chicago, grupo de pesquisa independente. Mas à medida que são feitos avanços para fornecer alimentos suficientes para a população, surge um novo problema: o que as pessoas comem não é necessariamente saudável.
Os resultados de uma alimentação pobre são doenças e deficiências, ambas mais prevalentes em países de renda baixa e média. A maioria dos países atualmente gasta até 9% da renda nacional para tratar das pessoas com sobrepeso. Na África e na Ásia, o custo está próximo de 11%.
Levando o mundo para a mesa
A Usaid é parceira de um programa chamado Alimentar o Futuro*. Com outros parceiros, como a HarvestPlus*, a agência trabalhou para desenvolver batatas-doces biofortificadas em Uganda e culturas similares mais saudáveis e de alto rendimento, como arroz com zinco em Bangladesh e feijão enriquecido com ferro em Ruanda.

Em um esforço paralelo, a Alimentar o Futuro está combatendo o problema mundial da obesidade com informações sobre a importância de uma dieta saudável. Na Nigéria, ela trabalha com instituições religiosas para promover a alimentação saudável. Em Gana, ensina famílias sobre necessidades alimentares especiais de crianças e mulheres grávidas ou lactantes.
“Embora os desafios permaneçam, o foco e o compromisso estão lá”, disse Richard Greene, da Usaid. “A comunidade global avançou muito no que diz respeito à nutrição.”
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