“A liberdade de navegação requer que as pessoas observem condutas básicas como ‘até tal ponto, seu território é seu território; a partir de lá, são águas internacionais’”, disse o presidente Obama* sobre os esforços de países vizinhos em recuperar terras no Mar do Sul da China.
“Se existe uma disputa, existem mecanismos internacionais para decidir esta disputa”, disse Obama em resposta à pergunta de um membro da Iniciativa de Jovens Líderes do Sudeste Asiático* (Yseali, na sigla em inglês) em um evento de 1º de junho na Casa Branca**.
Países do Sudeste Asiático experimentaram nas últimas décadas, relativamente falando, paz e segurança, liberdade de comércio e liberdade de navegação, disse o presidente.
“Ao se distanciar dessa abordagem e de repente surgirem conflitos e serem feitas reivindicações baseadas no tamanho de cada país e no poder de sua Marinha, em detrimento das leis, acredito que a Ásia será menos próspera e a região do Pacífico será menos próspera.”

Apesar dos protestos de outros países da região Ásia-Pacífico, China e Vietnã estão reivindicando terras entre as Ilhas Spratly no Mar do Sul da China.
Em um encontro recente com líderes de defesa daquela região, o secretário de Defesa dos EUA, Ash Carter, disse que todos os países da região Ásia-Pacífico* ”têm uma participação fundamental na segurança do Mar do Sul da China”.
“Os Estados Unidos estão profundamente preocupados com o ritmo e o alcance das reivindicações de terras no Mar do Sul da China e a perspectiva de uma maior militarização, assim como o potencial dessas atividades (…) para aumentar o risco de erros de cálculo ou de conflitos entre os países reivindicadores”, disse Carter, em Cingapura, em 30 de maio.
Afirmando que não há solução militar para as disputas no Mar do Sul da China, o secretário de Defesa pediu uma diplomacia renovada para encontrar uma solução que proteja os direitos e interesses de todos os envolvidos.
“É importante para a região entender que os Estados Unidos vão continuar envolvidos (…) e vão continuar a defender a legislação internacional e princípios universais”, disse Carter. “E ajudar a garantir a segurança e a estabilidade na região Ásia-Pacífico pelas próximas décadas.”
* site em inglês
** artigo em inglês e chinês