Eis o plano para salvar a humanidade de asteroides assassinos

Esta ilustração da Nasa mostra o Trojan, o único asteroide conhecido na Terra e com uma órbita semelhante à da Terra (AP Images)

Os asteroides atingem a Terra todos os dias. Em grande parte, as pedras e pedaços de gelo são minúsculos e inofensivos como uma partícula de poeira para o nosso planeta. Mas alguns são mais ameaçadores — como o asteroide que eliminou os dinossauros. Pelo menos 10 mil objetos perigosos estão se aproximando da Terra, informou a agência espacial americana, Nasa, em junho. Apenas um ano atrás, um asteroide com largura de 20 metros explodiu sobre a Rússia. Isso gerou a força de uma bomba atômica de médio porte. As pessoas no solo ficaram queimadas pelo seu brilho extremo — 30 vezes o do Sol — e pelo menos 1.210 ficaram feridas com a queda de detritos de prédios ou cacos de vidro. O lado positivo? Colisões de asteroides muitas vezes podem ser previstas, e ao contrário de erupções vulcânicas, tsunamis e outros desastres naturais, elas podem até ser prevenidas. Participe do Último Sistema de Alerta de Impactos Terrestres por Asteroides (Atlas, na sigla em inglês), visando o pleno funcionamento em 2016. Atlas, desenvolvido pela Universidade do Havaí e financiado pela Nasa, consiste em dois telescópios de 160 quilômetros de distância entre si. Eles podem detectar objetos 100 milhões de vezes menos visíveis do que uma estrela brilhante no céu. Durante toda a noite eles ignoram as estrelas e tiram fotos de asteroides. Astrônomos de todo o mundo podem, então, determinar sua trajetória dentro de algumas horas. “Temos como alvo um asteroide em uma trajetória do gênero “mergulho da morte”, disse Larry Denneau, um engenheiro que supervisiona software de telescópios. Isso poderia significar um asteroide de 100 megatons capaz de aniquilar um município inteiro. Pessoas em seu ponto de impacto receberiam um alerta de até três semanas de antecedência, proporcionando a elas mais tempo para evacuar.

Mauna Kea observatory (Thinkstock)
O Mauna Kea, observatório do Havaí, abriga um dos telescópios Atlas (Thinkstock)

Um dia, uma notificação prévia poderá até mesmo ajudar os cientistas a desviar asteroides antes que atinjam a Terra. Técnicas que estão sendo exploradas incluem atingir asteroides e lançá-los para outras direções como um fliperama celestial, ou usar a força gravitacional da nave espacial para rebocar asteroides para outras órbitas. “Em que ponto é que isso deixará de ser um problema científico para ser um problema de segurança nacional?”, ponderou Denneau. Tudo começa a soar um pouco como ficção científica — mas abordar ambos os desafios nunca foi tão possível como agora. Interessado em asteroides e em tudo que habita o espaço? Explore o trabalho de NEOShield, uma colaboração entre os Estados Unidos, a Rússia e vários países da União Europeia para desviar objetos perigosos. Ajude a manter o controle sobre asteroides próximos à Terra com aplicativo gratuito da Nasa, o Asteroid Watch Widget. Para obter as últimas notícias e fotos sobre as atividades dos asteroides, conecte-se com o Asteroid Watch da Nasa.