Oleksandra Matviychuk costumava evitar policiais nas ruas. Como participante de protestos por direitos humanos, ela sabia, assim como muitos ucranianos, da reputação da polícia de usar força excessiva.
Hoje, como membro da sociedade civil da Ucrânia, Oleksandra ensina a nova patrulha policial* do país a interagir pacificamente com os cidadãos.
Antes dos Euromaidan da Ucrânia — protestos realizados de novembro de 2013 a fevereiro de 2014 exigindo relações mais estreitas com a Europa —, a polícia tinha um objetivo: cumprir as ordens de seus superiores, de acordo com Oleksandra. Agora, diz ela, eles tomam decisões por si sós e focam em servir o público.

“A patrulha policial é um trabalho que requer reflexão”, disse Oleksandra. Os policiais não têm apenas de conhecer as leis da Ucrânia e as normas internacionais, mas também agir rapidamente de maneiras que afetam o bem-estar geral e a vida das pessoas.
Defendendo os direitos humanos
Oleksandra continua comprometida com os direitos humanos na Ucrânia. Como presidente do conselho da organização não governamental Centro para Liberdades Civis**, em Kiev, ela trabalha com outras pessoas para pressionar o governo visando reformas que vão garantir a liberdade de expressão e a liberdade de reunião pacífica assim como os direitos dos ativistas civis em geral.
Ajudando sobreviventes
Oleksandra também está envolvida no Euromaidan SOS***, grupo criado durante a Euromaidan para localizar pessoas desaparecidas após os violentos ataques do governo de Yanukovych contra protestos pacíficos e para dar assistência legal aos manifestantes que foram presos.
O papel do Euromaidan SOS se expandiu. Hoje, ele cria agências de direitos humanos e equipes móveis perto e dentro das zonas de conflito no leste da Ucrânia e na Crimeia, que está ocupada pela Rússia. “Nós fazemos visitas e documentamos tudo, e também trabalhamos com pessoas que foram reféns ou sobreviveram a torturas”, disse Oleksandra.
Em maio de 2015, o Centro para Liberdades Civis se uniu ao Euromaidan SOS para lançar a #LetMyPeopleGo***, campanha para ajudar cidadãos ucranianos que estão presos por suas posições políticas na Rússia e na Crimeia ocupada pela Rússia. A campanha está trabalhando com os casos de oito prisioneiros na Crimeia e 13 na Rússia, incluindo a piloto ucraniana Nadiya Savchenko.

Recentemente, o embaixador dos EUA Daniel Baer entregou a Oleksandra o Prêmio Defensor da Democracia* por seu trabalho na reforma, transparência, direitos humanos e aplicação da lei na Ucrânia. Baer disse que admira pessoas como Oleksandra, “que estão comprometidas com uma Ucrânia europeia, unificada, democrática e próspera”.
Oleksandra, por sua vez, vê a luta pelos direitos humanos como uma causa mundial, bem maior que a Ucrânia. “Nós vivemos em um mundo muito interligado. (…) Não podemos levantar cercas e fechar nossos olhos para os problemas reais de direitos humanos em nosso mundo”, disse ela.
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* site em inglês e russo
** site em inglês, ucraniano e russo
***site em inglês