A noite da eleição pertence ao vencedor. Os partidários esperam ansiosamente o primeiro pronunciamento do presidente eleito. Mas, na verdade, o discurso que confirma mais firmemente a força da democracia dos EUA pertence ao candidato derrotado.
Ao aceitar a derrota, quem ficar em segundo lugar nas urnas se compromete publicamente em um discurso de reconhecimento da derrota a apoiar o novo presidente e reconhece a legitimidade da eleição.
Aqui estão alguns dos candidatos que ficaram em segundo lugar e que souberam se mostrar à altura dos acontecimentos para o benefício de seu país. (Cada trecho de vídeo possui 40 segundos de duração.)
John McCain, 2008
Em um discurso*, o senador do Arizona reconheceu o significado da vitória de Barack Obama, o primeiro afro-americano na Casa Branca. McCain também disse: “Estes são tempos difíceis para o nosso país, e esta noite eu prometo a Obama fazer tudo o que estiver ao meu alcance para ajudá-lo a nos liderar em meio aos muitos desafios que enfrentamos.”
Al Gore Jr., 2000
Na verdade, o discurso de reconhecimento de derrota* de Gore foi proferido 36 dias após o dia da eleição, por causa de uma votação acirradíssima no estado decisivo da Flórida. Demorou todo esse tempo para que uma decisão da Suprema Corte dos EUA sobre os votos contestados da Flórida assegurasse a vitória de George W. Bush, governador do Texas. Gore declarou: “Estes são os Estados Unidos, e nós colocamos o país antes do partido. Vamos nos manter unidos apoiando nosso presidente.”
George H.W. Bush, 1992
Bush adotou um tom positivo em seu discurso* no qual aceitou a derrota para Bill Clinton, governador de Arkansas. Bush, que faz parte de apenas um pequeno número de presidentes dos EUA que concorreram à reeleição e perderam essa disputa, disse: “Existe um trabalho importante a ser feito, e os Estados Unidos têm sempre de vir em primeiro lugar. Portanto, nós vamos apoiar este novo presidente e desejar-lhe o melhor.”
As pessoas se pronunciaram
Como disse o senador McCain recentemente: “Eu não gostei do resultado da eleição de 2008. Mas era o meu dever aceitar a derrota. Fazê-lo não é apenas um ato de graciosidade. É um ato de respeito à vontade do povo americano, um ato que faz parte da primeira responsabilidade de todo líder americano.”
Quer saber mais sobre as eleições nos EUA? Eis como entender o processo do início ao fim, incluindo a transição pacífica de poder para o próximo presidente.
* site em inglês
