
O presidente Obama é o anfitrião da Cúpula de Líderes sobre Refugiados, em Nova York em 20 de setembro para reforçar a determinação dos países que visam ajudar as dezenas de milhões de pessoas forçadas a abandonar suas casas em todo o mundo.
A cúpula será realizada aproveitando a visita de líderes mundiais e diplomatas que estão em Nova York para participar da 71a sessão da Assembleia Geral da ONU. Chefes de seis países — Alemanha, Canadá, Etiópia, Jordânia, México e Suécia — já profundamente envolvidos na resposta humanitária à crise, se juntam a Obama como coanfitriões.

O imenso contingente global de refugiados e migrantes de hoje excede até mesmo o número de pessoas deslocadas após a Segunda Guerra Mundial. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados afirma que 65 milhões de pessoas fugiram de suas casas em busca de segurança, incluindo 21 milhões de refugiados. A crise na Síria é uma grande contribuinte para esses números, representando cerca de um quarto dos refugiados, mas estes também vêm de Somália, Birmânia, Colômbia, Nigéria e outros países.
O objetivo da Cúpula dos Líderes é ampliar a base de doadores e garantir novos compromissos significativos em três áreas:
- Aumentar o número de países que contribuem regularmente para apelos humanitários da ONU e aumentar em pelo menos US$ 3 bilhões — de US$ 10 bilhões para US$ 13 bilhões — a resposta aos apelos de outras organizações humanitárias internacionais.
- Procurar fazer com que países admitam mais refugiados através do reassentamento ou outras vias legais.
- Ajudar mais de 1 milhão de crianças refugiadas a entrar na escola e conceder a mais de 1 milhão de refugiados adultos o direito legal de trabalhar.
Susan Rice, conselheira de Segurança Nacional do presidente Obama, diz que, embora as respostas dos países aos apelos humanitários já tenham alcançado níveis recordes, muitos desses recursos são subfinanciados. “Um número maciço de refugiados está se voltando para redes de contrabando perigosas e ilegais em busca de segurança, e milhões mais enfrentam dependência a longo prazo de países de primeiro asilo, sem acesso a emprego lícito e educação”, disse a conselheira.
Um dia antes da Cúpula dos Líderes, a Assembleia Geral da ONU vai convocar uma reunião de alto nível separada com o objetivo de reunir os países apoiando uma abordagem mais humana e coordenada para ajudar os refugiados e migrantes.