
Durante muitos anos, multidões compareceram a feiras mundiais, também chamadas de “expos”, para ver as últimas invenções e também se divertir.
E essa tradição continua. Minnesota está concorrendo para sediar a edição de 2023 da Expo Especializada, com o tema “Pessoas Saudáveis, Planeta Saudável: Saúde e Bem-Estar para Todos”. O estado está competindo com Lodz, Polônia, e Buenos Aires, Argentina.
“As feiras são um cálculo econômico em termos muito mais amplos do que ingressos vendidos” disse Robert Rydell, estudioso de feiras mundiais e professor de História da Universidade Estadual de Montana. Elas podem gerar empregos e receita obtida com o turismo que se estendem por décadas a fio.
As cidades usam as exposições mundiais como uma oportunidade de atualizar ou construir infraestrutura. “As primeiras feiras foram realmente extraordinárias por causa do que fizeram com as obras públicas, ou seja, sistemas de água, esgoto e eletricidade”, afirmou Rydell.
Uma expo também pode marcar uma cidade menos conhecida, cujo nome e encantos são notados internacionalmente. Eis algumas exposições mundiais notáveis realizadas nos Estados Unidos:
Chicago, 1893 e 1933

Chicago construiu novos sistemas de água, esgoto e eletricidade para a Exposição Colombiana de 1893. A roda-gigante, apresentada no evento, estandes de concessão e outras atrações atraíram um grande público. Dizem que o hambúrguer foi popularizado na expo de Chicago em 1893. A Feira Mundial da cidade de 1933-34 foi realizada no auge da Grande Depressão com o tema encorajador “Um Século de Progresso”. Nela, foram apresentados meios de transporte — trens e automóveis — e “Casas do Futuro”.
St. Louis, 1904

A eletricidade foi um novo fenômeno em 1904; com isso, St. Louis incluiu em sua Feira Mundial um Palácio de Eletricidade resplandecente. O telefone sem fio, ou “radiofone”, inventado por Alexander Graham Bell, fez sua estreia pública na feira de St. Louis. Assim como a máquina de raio-x, desenvolvida por Thomas Edison. O evento também comemorou o centenário da Compra da Louisiana, acordo entre os EUA e a França em 1803, no qual os EUA compraram aproximadamente 2,1 milhões de quilômetros quadrados de terra a oeste do Rio Mississippi. Eventos esportivos para as Olimpíadas de Verão de 1904, a primeira edição do evento nos Estados Unidos, foram realizados na feira.
San Diego, 1915

Em geral, os edifícios das feiras mundiais eram feitos de materiais temporários e, após o encerramento do evento, totalmente demolidos. Não foi o caso de San Diego. O complexo de edifícios de estilo renascentista espanhol construído para a Exposição Panamá-Califórnia de 1915 foi preservado e restaurado. Hoje, seus edifícios ainda servem como museus e salas de exposições no Parque Balboa. O mundialmente conhecido Zoológico de San Diego, criado durante a feira, continua sendo uma atração popular na cidade.
Nova York, 1939–40 e 1964

Realizada perto do fim da Grande Depressão e do início da Segunda Guerra Mundial, a Feira Mundial de Nova York de 1939 ofereceu às pessoas um vislumbre do “Mundo do Futuro” com um local futurista dominado pelos edifícios Trilon e Perisfera, grandes estruturas modernistas construídas para a feira (e retratadas no cartaz oficial da feira, acima). A ponte Bronx-Whitestone e uma nova linha de metrô foram construídas para proporcionar melhor acesso à feira. Após seu encerramento, os 40 milhões de toneladas de aço dos principais monumentos foram reaproveitados para fins bélicos. O parque foi mantido e serviu como local para a edição de 1964 da Feira Mundial de Nova York. A enorme escultura de aço chamada Unisfera, construída para aquela feira posterior, ainda existe. Ela simboliza “As conquistas do homem em um mundo cada vez menor em um universo em expansão”, tema da feira de 1964.
Seattle, 1962

A exposição “Século 21″ em Seattle, realizada durante os anos de Guerra Fria, foi uma oportunidade para os Estados Unidos mostrar seus avanços científicos. A Exposição de Ciência dos Estados Unidos, com temática da Nasa, fez exatamente isso, com cidades e indústrias da era espacial. Ao pé do icônico Agulha Espacial, acima, o edifício abriga agora o Centro de Ciências do Pacífico, museu dedicado à ciência e à tecnologia.
San Antonio, 1968

A exposição “Século 21″ em Seattle, realizada durante os anos de Guerra Fria, foi uma oportunidade para os Estados Unidos mostrar seus avanços científicos. A Exposição de Ciência dos Estados Unidos, com temática da Nasa, fez exatamente isso, com cidades e indústrias da era espacial. Ao pé do icônico Agulha Espacial, acima, o edifício abriga agora o Centro de Ciências do Pacífico, museu dedicado à ciência e à tecnologia.