Foguete-modelo à frente e o presidente Trump gesticulando atrás (© Kevin Lamarque/Reuters)
O presidente Trump fala sobre o programa espacial durante uma reunião na Casa Branca no início de 2018 (© Kevin Lamarque/Reuters)

O governo Trump está proporcionando às empresas espaciais privadas um impulso em seus esforços para capitalizar com base no potencial da fronteira final.

Em 24 de maio, o presidente Trump assinou uma diretiva de política espacial* visando simplificar as regulamentações sobre o uso comercial do espaço.

Trump assinou a diretiva poucos dias depois de a SpaceX lançar outro foguete levando satélites em órbita, a partir da Califórnia. Esse lançamento e vários outros planejados para junho representam exemplos do crescente interesse que as indústrias privadas têm no espaço a fim de desenvolver pesquisas comerciais e científicas.

“Tem um pouco de renascimento, um pouco de Space 2.0 (ou “Novo Espaço”, onde start-ups usam tecnologias e serviços espaciais para uma gama de aplicações na Terra). Finalmente, o setor comercial está ensaiando um retorno e fazendo algumas coisas realmente interessantes”, disse Will Marshall, da Planet Labs Inc., fornecedora de dados geoespaciais com centenas de satélites.

Marshall disse que os dados podem ajudar os agricultores a melhorar os rendimentos, as empresas a aperfeiçoar os mapas e os governos a responder rapidamente a desastres.

Nave espacial em terra com pessoas ao seu redor (Força Aérea dos EUA)
O veículo de teste orbital X-37B da Força Aérea dos EUA é uma espaçonave não tripulada reutilizável vista aqui no Centro Espacial Kennedy da Nasa na Flórida em 2017 (Força Aérea dos EUA)

Muitos modelos de negócios para empresas espaciais

Atualmente, os satélites estão sendo lançados com comunicação a laser, permitindo que eles “conversem” entre si e com o solo, com fluxos de dados extremamente altos. Na Estação Espacial Internacional, os astronautas realizam uma ampla gama de experimentos que não seriam possíveis na Terra. Os satélites também orbitam o planeta para fins de segurança nacional.

A estação espacial orbita a Terra 16 vezes por dia, proporcionando exposição a um ambiente hostil, porém único, para experimentos. Alguns deles ajudam quem está na Terra, como estudos que ajudam pessoas que sofrem com perda e lesão óssea. Outros experimentos buscam possibilitar futuras explorações humanas no espaço profundo.

“Hoje em dia, há tantas oportunidades no espaço; Marte é uma dessas oportunidades”, disse Chad Anderson, diretor-executivo da Space Angels, que investe na indústria espacial.

Enquanto a Nasa trabalha no envio de pessoas para a Lua e Marte, o espaço próximo da Terra e além vai se tornar mais movimentado, à medida que as empresas exploram essa fronteira final.

Este artigo é baseado em uma reportagem da Voz da América.

* site em inglês