A última década viu a ascensão do empreendedor social. Seja criando luz com uma bolsa ou uma bola de futebol para ajudar os outros, essa nova espécie de empreendedor deseja criar trabalho que seja significativo, não apenas lucrativo.
Conheça Mike Lin. Ele faz parte desse ramo crescente de empreendedores. Sempre disposto a brincar com novas ideias, Lin trabalhou em Stanford e na Apple antes de usar seus cartões de crédito até o limite para abrir a Fenix International.

O objetivo deles? Levar uma fonte de energia renovável e não poluente a pessoas que moram fora do alcance de uma rede de energia elétrica tradicional.
Durante sua visita a Uganda, Lin observou as maneiras criativas com que as pessoas se conectavam a uma fonte de energia para carregar o telefone celular ou tocar sua empresa, o que inspirou as ideias brilhantes que levaram à criação da Fenix, em São Francisco.

“Com frequência, as pessoas usavam itens como baterias de carro como fonte de energia, mas as baterias vazam ácido”, afirma. “Fiquei pensando que deveria existir um sistema melhor.”
Se existia algum, Lin não viu. Por isso, ele e seus colegas desenvolveram a ReadySet, bateria portátil recarregável através de um painel solar ou um gerador movido a bicicleta.
Desde o seu lançamento em 2012, a ReadySet é usada por milhares de pessoas em Uganda e no Quênia para os propósitos de suas pequenas empresas. O produto tem sido usado para tudo, desde um quiosque de carregamento de telefone celular até a iluminação de segurança para proteger o gado de leões e tigres.
“Um criador de galinhas descobriu que, se colocasse uma luz no galinheiro, isso melhoraria a saúde das galinhas e sua produção de ovos”, diz Lin.

Em junho, a Fenix se tornou uma das 27 parceiras na iniciativa do presidente Obama Power Africa: Beyond the Grid (Energia para a África: Além da Rede), que tem o objetivo de promover o investimento e o crescimento de soluções de energia em pequena escala e fora da rede convencional de energia elétrica. Por sua vez, a Fenix aceitou a tarefa de distribuir 1 milhão de sistemas autônomos de energia solar na África Oriental até 2018.
Embora Lin admita que a tarefa é intimidadora, seu entusiasmo em fazer a diferença o quanto antes reflete uma característica comum entre os atuais empreendedores sociais com foco em mobilidade: impaciência.
“A geração do milênio não está mais interessada em grandes empregos. Agora eles querem encontrar significado em seu trabalho”, afirma Lin. “Hoje em dia, você não precisa esperar e ganhar seus bilhões para só depois realizar trabalho sem fins lucrativos.”