
Os Estados Unidos e nações parceiras estão fortalecendo as cadeias de suprimentos globais a fim de reduzir a atual escassez de alimentos, bens de consumo e outros produtos, e evitar interrupções futuras.
Cadeias de suprimentos resilientes são “vitais para fazer frente a praticamente todos os desafios globais urgentes que enfrentamos”, disse o secretário de Estado, Antony Blinken, no Fórum Ministerial da Cadeia de Suprimentos* em 20 de julho. Dentre eles estão:
- Levar alimentos das propriedades rurais para os famintos do mundo.
- Enviar vacinas e suprimentos visando combater a Covid-19 em todo o mundo.
- Produzir turbinas eólicas e outras tecnologias de energia limpa com o objetivo de combater a crise climática.
A pandemia da Covid-19 interrompeu as cadeias de suprimentos globais, causando escassez de produtos, desde tecnologias de energia limpa até semicondutores e produtos farmacêuticos. A invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia tem bloqueado os embarques de grãos e prejudicado as cadeias de fornecimento de alimentos, agravando a fome de milhões de pessoas.

A reunião ocorre em um momento em que o governo dos EUA está enfrentando essas crises globais. Em 18 de julho, o governo anunciou quase US$ 1,3 bilhão em assistência humanitária* e de desenvolvimento adicional para o Chifre da África, onde os choques de abastecimento de alimentos causados pela guerra injusta da Rússia contra a Ucrânia estão piorando as condições de fome na Etiópia, no Quênia e na Somália.
Para combater a pandemia da Covid-19, os Estados Unidos já forneceram mais de 565 milhões de doses de vacinas, parte de uma promessa de doar 1,2 bilhão de doses de vacinas contra a Covid-19 em todo o mundo.
Parcerias internacionais cruciais
Blinken e a secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, coorganizaram o fórum de 19 a 20 de julho, em parceria com mais de uma dúzia de economias e a União Europeia. A Reunião Ministerial dá continuidade à Cúpula da Cadeias de Suprimentos do presidente Biden, realizada em outubro de 2021 com parceiros internacionais.
Estiveram presentes representantes da UE e de Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, Cingapura, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido e República Democrática do Congo.
Blinken destacou como as parcerias internacionais podem superar as interrupções nas cadeias de suprimentos. Quando a Covid-19 atingiu os Estados Unidos, a Índia enviou remédios e suprimentos vitais. Posteriormente, quando os casos aumentaram na Índia, os Estados Unidos enviaram às pressas oxigênio médico e métodos terapêuticos ao país usando as mesmas cadeias de suprimentos.

Blinken afirmou que os parceiros devem construir cadeias de suprimentos resilientes a fim de evitar interrupções futuras. Cadeias de suprimentos resilientes são:
- Transparentes para que os parceiros possam compartilhar informações e antecipar e responder a mudanças.
- Diversificadas para que um fornecedor possa substituir outro e nenhum país possa utilizar cadeias de suprimentos como arma contra outras nações.
- Protegidas a fim de reduzir a vulnerabilidade a atividades cibernéticas maliciosas.
- Sustentáveis por aderirem a padrões ambientais e trabalhistas que refletem valores compartilhados.
Gina disse que o governo dos EUA está trabalhando com a indústria e outros parceiros visando resolver desafios da cadeia de suprimentos internamente e com parceiros internacionais por meio do Conselho de Comércio e Tecnologia EUA-UE e da Estrutura Econômica para o Indo-Pacífico.
“Estamos realizando grandes avanços em ambos os diálogos — para garantir que nossa cadeia de suprimentos seja resiliente, eficiente e beneficie todos os nossos cidadãos”, disse ela.
Blinken disse à Reunião Ministerial que “quer estejamos lidando com desafios de curto ou longo prazo, há apenas uma maneira de construir cadeias de suprimentos que sejam resilientes em todas essas formas, e é fazê-lo juntos, com parceiros”.
* site em inglês