Jonathan Osborne leciona para muitos estudantes inteligentes em suas aulas avançadas de Matemática na Escola Thomas Jefferson de Ciência e Tecnologia em McLean, Virgínia, mas Adam Ardeishar tinha um quê a mais.
Osborne disse que se lembrou de quando Ardeishar fez “uma pergunta incisiva sobre como sabíamos com certeza que uma série de Taylor convergia em uma determinada região”, disse ele, referindo-se a um conceito usado em cálculo avançado. “Eu nunca tinha pensado tão profundamente sobre exatamente por que certas coisas são verdadeiras nos 10 anos que ensino esta aula.”
O estudante brilhante de Osborne e outros cinco adolescentes americanos são os atuais campeões* da Olimpíada Internacional de Matemática de 2018. Pela terceira vez desde 2015*, a equipe dos EUA levou para casa o primeiro lugar na competição que se destaca como referência mundial em excelência em Matemática juvenil. Os colegas de equipe são oriundos de escolas públicas e privadas de ensino médio nos Estados Unidos.

Ardeishar, Andrew Gu*, Vincent Huang, James Lin, Michael Ren e Mihir Singhal representaram os Estados Unidos na Olimpíada Internacional de Matemática de 2018, na Romênia, depois de se destacarem em uma série de rigorosas competições regionais e nacionais organizadas pela Associação Americana de Matemática.
Os seis alunos do ensino médio, com idades entre 16 e 19 anos, participaram de um acampamento intensivo de verão que a associação realizou na Universidade Carnegie-Mellon em Pittsburgh.
Po-Shen Loh*, professor de Matemática na Universidade Carnegie Mellon, liderou o acampamento desde que assumiu a posição de técnico da equipe dos EUA em 2013. Vários membros da associação atribuem a atual série de vitórias dos Estados Unidos ao ensino de Loh.
“Po é muito enérgico e tem um estilo próprio”, diz Michael Pearson, diretor da associação.
Em 2016, Po-Shen Loh começou a convidar membros das equipes de outros países* para participar do acampamento. Este ano, 20 competidores de dez países passaram um mês em treinamento para a Olimpíada de 2018, ao lado de 60 estudantes dos Estados Unidos e do Canadá.
A equipe americana se beneficiou de estar em contato com os estudantes de outros países, diz Mihir Singhal*, um companheiro de equipe de 17 anos de idade que ganhou uma medalha de ouro por seu desempenho individual na Olimpíada.
“Eles tinham perspectivas diferentes”, diz ele. “Em diferentes países, há um estilo diferente de abordar um problema.”
Esse é o tipo de curiosidade e colaboração que Pearson quer incutir nos estudantes de Matemática dos EUA e nos estudantes de outros países que vêm estudar aqui.
“Queremos demonstrar que, enquanto podemos e iremos competir em certos contextos, queremos colaborar e construir pontes entre a comunidade matemática internacional para que possamos elevar os padrões em todos os lugares.”
* site em inglês