Esportes abrem portas da vida universitária para estudantes estrangeiros nos EUA

Estudantes em Spokane, Washington, torcem durante um jogo de basquete universitário entre a Universidade Gonzaga, de Spokane, e a Faculdade Lewis & Clark, de Portland, Oregon (© AP Images)

Todo mundo sabe que a prática de esportes pode ajudá-lo a manter a forma, fazer amigos e aliviar o stress. Mas você sabia que o esporte também pode ser um trampolim para o sucesso para estudantes estrangeiros em faculdades e universidades americanas?

Os esportes são parte integral da experiência universitária nos EUA. Os programas esportivos promovem o espírito escolar e a integração social no campus — um bônus para quem está se adaptando a uma nova escola, especialmente se essa escola estiver em um novo país.

Se você se destaca em um esporte e decide fazer um teste para, digamos, a equipe de basquete ou de natação de sua universidade, você pode ganhar o cobiçado status de atleta-estudante — uma opção que normalmente não existe em universidades fora dos Estados Unidos. Isso significa que você pode se graduar enquanto treina e compete em seu esporte favorito, uma vantagem importante para quem espera ter uma carreira relacionada com esportes.

Jogador de basquete salta para lançar, outro tenta bloqueá-lo (© AP Images
Dylan Ennis (31), da Universidade de Villanova, investe contra o russo Vlad Shustov, do Instituto de Tecnologia de Nova Jersey, durante um jogo de basquete universitário em Villanova, na Pensilvânia (© AP Images)

Uma atleta-estudante que vem ganhando elogios — e  fãs —  é Soclaina van Gurp, conhecida como “Suka” entre os amigos.

Nascida em Curaçao, van Soclaina cresceu numa família de atletas e se matriculou na Faculdade Estadual de Palm Beach, em Lake Worth, na Flórida, em 2013. Atleta bem-sucedida, ela rapidamente se tornou uma jogadora de destaque do time feminino de softball da faculdade.

Em 2014, ela foi uma das escolhidas pela Associação de Atividades Universitárias da Flórida para formar o Time dos Sonhos da Conferência Sul e posteriormente foi eleita a Jogadora do Ano da Conferência Sul.

Jogadora de softball em campo (Cortesia: Faculdade Estadual de Palm Beach)
Soclaina “Suka” van Gurp, de Curaçao, que joga na equipe de softball na Faculdade Estadual de Palm Beach, em Lake Worth, na Flórida, é uma dos principais atletas-estudantes de sua escola (Foto: cortesia)

Em uma entrevista de 2015 para a revista online Contact, da Palm Beach, Soclaina contou que suas companheiras da equipe de softball a ajudaram na adaptação à vida universitária: “Ter o apoio das minhas companheiras de equipe foi a melhor coisa do mundo. (…) Basicamente, elas são minha família aqui. Estou com elas 24 horas por dia, sete dias na semana”.

Após terminar seu segundo ano na Faculdade Estadual de Palm Beach, ela vai se transferir para a Universidade do Norte da Flórida, onde continuará a jogar softball e estudar gestão esportiva. Ela quer ser treinadora um dia.

Uma edição recente da revista Swimming World destaca o sucesso dos nadadores estrangeiros que estudam em universidades americanas, incluindo Sam Perry, da Nova Zelândia, Christian Brown, do Japão, Cassidy Richards, do Canadá, e Jing Leung e Isabella Hindley, da Grã-Bretanha.

Perry e Brown nadam pela Universidade de Stanford, enquanto Cassidy e Isabella nadam pela Universidade de Yale. Jing é mergulhadora da Universidade de Harvard.

Atleta compete na natação (© AP Images)
A atleta-estudante da Universidade do Texas A&M olha para seu adversário na raia ao lado no final da disputa dos 200 metros borboleta em uma competição universitária de natação em Indianapolis, em Indiana (© AP Images)

Programas de esportes bem financiados em faculdades e universidades americanas oferecem instalações de treinamento de alto nível, treinamento avançado e outros recursos aos atletas-estudantes.

Isabella acrescenta que a natação facilitou sua adaptação à vida no campus nos EUA.

“A natação definitivamente ajudou em minha transição para a vida em um país diferente”, diz a nadadora. “Como todas as experiências são novas e diferentes, ter algo constante que você já conhece durante toda a transição torna as coisas mais fáceis. As pessoas com quem eu nado são diferentes, as pessoas que estão me treinando são diferentes, o lugar onde eu nado é diferente, mas eu ainda estou fazendo a mesma coisa na piscina, e para mim isso é muito reconfortante.”

Mulher experimenta ombreiras de futebol americano (© AP Images)
Alunas chinesas do Instituto de Tecnologia da Georgia experimentam ombreiras na Clínica Internacional de Futebol em Atlanta, onde alunos vindos de países que não são familiarizados com o futebol americano podem aprender as noções básicas do esporte (© AP Images)

Mesmo que você não seja um grande atleta, você ainda pode se beneficiar de programas desportivos da sua escola, tanto como espectador ao fazer amizade com outros fãs do esporte, quanto como praticando o esporte informalmente com os colegas de turma. Por exemplo, os alunos da maioria das universidades dos EUA usam as quadras de tênis ou de squash no campus para manter a forma e se encontrar com os amigos.

Você pode até se sentir tentado a experimentar — ou seguir — um esporte que não conhecia bem e ver onde isso vai dar. A bola está do seu lado.

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