Estados Unidos anunciam doações mundiais de vacinas contra a Covid-19

Mulher sendo vacinada enquanto outras pessoas aguardam (© Rajanish Kakade/AP Images)
Uma mulher é inoculada contra a Covid-19 enquanto outras pessoas aguardam em um centro de vacinação em Mumbai, Índia, 31 de maio (© Rajanish Kakade/AP Images)

Os Estados Unidos prometeram enviar aproximadamente 80 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 para outras nações. Em 3 de junho, o presidente Biden anunciou de que maneira os primeiros 25 milhões serão distribuídos.

Em seu comunicado, o presidente disse que pelo menos 75% das vacinas irão para a Covax — parceria internacional que distribui vacinas a países de baixa e média renda — e até 25% irão a países em crise e com surtos de Covid-19, bem como vizinhos e parceiros.

“Os Estados Unidos estão empenhados em levar a mesma urgência aos esforços de vacinação internacional que temos visto internamente”, disse Biden.

Os EUA planejam entregar 80 milhões de doses até o final de junho. Isso representa 13% da produção total de vacinas dos EUA e é cinco vezes mais do que qualquer outro país já compartilhou até agora.

Quase 19 milhões das primeiras 25 milhões de doses serão distribuídas por meio da Covax para mais de duas dezenas de países, incluindo aproximadamente:

• Seis milhões de doses para a América Latina e o Caribe.
• Sete milhões de doses para o Sul e o Sudeste Asiático.
• Cinco milhões de doses para a África, trabalhando em coordenação com a União Africana e os Centros Africanos de Controle e Prevenção de Doenças.

As doses de vacina que os EUA estão doando se somam aos US$ 4 bilhões que os EUA se comprometeram com a Covax e aos milhões em equipamentos, testes e métodos terapêuticos que o país continua a fornecer a nações ao redor do mundo.

As doses restantes, aproximadamente 6 milhões, irão para México, Canadá, Coreia do Sul, Cisjordânia e Gaza, Índia, Ucrânia, Kosovo, Haiti, Geórgia, Egito, Jordânia, Iraque e Iêmen, aos trabalhadores da linha de frente das Nações Unidas, e a outros países e entidades, conforme detalhado informativo da Casa Branca.

Profissional de saúde com equipamento de proteção ajuda idosa a caminhar na frente de uma longa fila em um corredor (© Chung Sung-Jun/AP Images)
Em 1º de abril, uma mulher sul-coreana chega a um centro de vacinação para receber a primeira dose da vacina da Pfizer-BioNTech contra a Covid-19 em Seul, na Coreia do Sul (© Chung Sung-Jun/AP Images)

Os Estados Unidos não pedem favores nem exigem concessões dos países em troca das vacinas, enfatizou Biden.

“Estamos compartilhando estas vacinas para salvar vidas e com o objetivo de liderar o mundo rumo ao fim da pandemia”, disse ele.

Em uma coletiva realizada em paralelo, o coordenador de Resposta à Covid-19 da Casa Branca, Jeffrey Zients, e o assessor de Segurança Nacional, Jake Sullivan, anunciaram que os Estados Unidos estão aumentando sua capacidade de produção de vacinas e permitindo que AstraZeneca, Novavax e Sanofi priorizem os pedidos de vacinas de outros países em relação aos pedidos dos EUA.

Além disso, Sullivan deixou claro que 80 milhões de doses são apenas o começo.

Os Estados Unidos “continuarão a fazer doações de nosso estoque excedente à medida que esse suprimento for entregue a nós”, disse Sullivan. “Nosso objetivo geral é fornecer o máximo de vacinas seguras e eficazes para o maior número de pessoas o mais rápido possível (…) essa é a melhor coisa a fazer.”

“Uma liderança americana forte é essencial para acabar com esta pandemia agora”, disse Biden. “Os Estados Unidos serão o arsenal mundial de vacinas em nossa luta compartilhada contra este vírus.”

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