
Enfrentar a crise climática é fundamental para a política externa dos EUA, disse o secretário de Estado, Antony Blinken. Antes da realização de uma Cúpula de Líderes sobre o Clima sediada nos EUA de 22 a 23 de abril, ele afirmou considerar isso central para a segurança nacional dos Estados Unidos e de países ao redor do mundo.
“Este já é um esforço conjunto em nosso governo e em toda nossa nação”, disse Blinken em 19 de abril* durante um discurso em Annapolis, Maryland. “Nosso futuro depende das escolhas que fazemos hoje.”
Por essa razão, o presidente Biden convidou 40 líderes mundiais para participarem esta semana da Cúpula de Líderes sobre o Clima*. Em seu convite, Biden pediu aos líderes que usem a Cúpula como uma oportunidade para delinear como seus países também contribuirão tendo como propósito uma ambição climática mais forte.
Blinken abordou as mudanças climáticas como um fator tanto de conflito quanto de migração. “As mudanças climáticas exacerbam os conflitos existentes e aumentam as chances de novos conflitos — especialmente em países onde os governos são fracos e os recursos são escassos”, disse Blinken. “À medida que recursos essenciais como a água diminuem, veremos mais sofrimento e mais conflitos enquanto os governos lutam para atender às necessidades das populações em crescimento.”
Citando recentes padrões climáticos historicamente extremos, Blinken disse: “Estamos ficando sem recordes para quebrar. E a menos que mudemos isso, vai piorar.”
Internamente, os EUA enfrentarão as mudanças climáticas investindo em empregos de energia limpa e em tecnologias que ofereçam soluções criativas para limitar as emissões de carbono.
Os Estados Unidos são responsáveis por 15% das emissões globais de carbono e planejam dar o exemplo na redução dessas emissões, disse Blinken. Uma nova meta de emissões ambiciosa e ousada dos EUA demonstrará o compromisso dos Estados Unidos em lidar com a crise climática e reunir o resto do mundo a fim de se mobilizar.
O governo dos EUA trabalhará com países ao redor do mundo para reduzir os 85% restantes das emissões globais de carbono por meio da diplomacia e de parcerias público-privadas, disse ele.

Reduzir as emissões globais de carbono significa investir em energia renovável e eliminar o carvão gradualmente. E a energia verde pode trazer benefícios econômicos — o mercado global de energia renovável deve exceder US$ 2 trilhões até 2025, e os países que tomarem medidas decisivas agora visando criar as indústrias do futuro serão aqueles que colherão os benefícios econômicos da revolução de energia limpa.
Nos Estados Unidos, as tecnologias solar e eólica já estão entre os setores que têm registrado um índice mais rápido e crescente de geração de empregos. O setor privado dos EUA está preparado para equipar países com a mesma tecnologia.
Essas parcerias já estão em andamento. Recentemente, a empresa americana Sun Africa começou a construir uma usina solar de 144 megawatts em Angola. Quando concluído, será a maior da África Subsaariana, disse Blinken.
“Se tivermos sucesso, vamos capitalizar a maior oportunidade de criar empregos de qualidade em gerações”, disse ele. “Vamos construir uma sociedade mais justa, saudável e sustentável; e vamos proteger este magnífico planeta.”
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