A Lituânia receberá um carregamento de gás natural liquefeito de uma empresa americana em 21 de agosto, evidência adicional dos esforços contínuos desse país báltico para diversificar seus fornecedores de gás.
A Lituânia deu um passo em direção à segurança energética em 2014 com o Independence, navio especializado que permite ao país importar gás natural liquefeito (GNL) de qualquer lugar do mundo.
Antes de 2014, o país dependia de gasodutos para fornecer gás natural. Por que mudar? Uma única fonte controlava o acesso da Lituânia a essa fonte fundamental de combustível: a gigante do petróleo e gás da Rússia, Gazprom. Com o mercado todo para si, a Gazprom cobrava preços elevados.
A tecnologia ajudou a Lituânia a ir além dos gasodutos, porque hoje o gás natural pode ser comprimido em forma líquida e transportado com segurança por meio de navios petroleiros especializados. Em seguida, navios como o Independence convertem o gás natural liquefeito a uma forma que pode ser usada para eletricidade e aquecimento. Os terminais de regaseificação podem ser localizados em terra ou em terminais flutuantes, como o Independence.
“Alguns anos atrás, pagamos o preço mais alto da Europa pelo gás natural”, disse o ex-ministro da Energia da Lituânia Rokas Masiulis, hoje ministro dos Transportes e das Comunicações.
Com a concorrência de outras fontes — a Lituânia importou gás natural liquefeito da Noruega e de outros países — o país negociou preços mais baixos.
De 2014 a 2015, os preços da energia do país caíram 20%. “Uma das razões que explicam isso é o terminal de GNL”, disse Masiulis. A Lituânia continua importando gás natural da Rússia a preços muito mais competitivos, bem como gás natural liquefeito do mercado internacional.
A remessa de GNL que chega ao país em 21 de agosto advém da Cheniere Energy Inc. É a primeira remessa de uma empresa americana para os países bálticos.
O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, saudou o acordo com a Cheniere como algo que vai aumentar a segurança nacional não apenas da Lituânia, mas também de outros países bálticos.
“Os países bálticos estão dando o exemplo, mas também estão contribuindo vigorosamente com a segurança internacional”, afirmou Pence na Estônia em 31 de julho.
“O nosso é um futuro compartilhado de segurança e prosperidade; o nosso é um futuro compartilhado de liberdade, e vamos seguir adiante para encontrar esse futuro — juntos, sempre como aliados e amigos.”