“Queríamos nos aproximar da maioria silenciosa que sentia que o extremismo era errado, mas que não estava fazendo nada em relação a isso”, afirmou Abeera Akhtar.
É por isso que Abeera e seus colegas na Universidade de Ciências de Gestão de Lahore no Paquistão (LUMS, na sigla original) lançou o projeto contra o extremismo cujo nome é um acrônimo com as iniciais da palavra “Fate” e significa “Da Apatia à Empatia”.
O grupo LUMS foi uma das 45 equipes de estudantes de todo o mundo que se inscreveram para a iniciativa deste semestre chamada P2P (Peer to Peer): desafiando o extremismo*. A expressão em inglês “Peer to Peer” significa de uma pessoa para seu par, em tradução livre. A P2P é uma parceria entre o governo e universidades dos EUA que pede que os estudantes projetem maneiras de combater as narrativas do extremismo violento e alcancem aqueles que podem estar suscetíveis a esse tipo de mensagem.
O Departamento de Estado realizou a avaliação final em fevereiro.
A equipe LUMS ficou em primeiro lugar, enquanto que a Academia Militar dos EUA em West Point ficou em segundo lugar com uma abordagem chamada “Let’s Talk” (Vamos conversar, em tradução livre). “Faces4Heritage*” concedeu à Università della Svizzera Italiana na Suíça o terceiro lugar.
Superando as expectativas
A equipe paquistanesa organizou concertos, realizou workshops e visitou escolas a fim de combater a apatia em relação à violência e ao extremismo. No Facebook* e em um site, eles pediram que as pessoas postassem fotos de si mesmas segurando um cartaz anti-extremista incluindo a hashtag #ChallengeExtremism, ou seja, para desafiar o extremismo.
“O sucesso que obtivemos dessa iniciativa não era esperado”, disse Akhtar.
“Vamos conversar”

Com “Let’s Talk” (Vamos conversar, em tradução livre), os estudantes de West Point usaram as mídias sociais “para criar uma comunidade interativa na qual pudéssemos reunir as pessoas, fazer perguntas, obter respostas e receber informações que não fossem distorcidas pelo Estado Islâmico [Daesh] ou qualquer outro grupo extremista”, afirmou a integrante da equipe Brittany Scofield.
A página deles no Facebook já atraiu mais de 5 mil curtidas e quase 74 mil engajamentos. Brittany disse que as pessoas que acessam a página valorizam a oportunidade de oferecer seus pontos de vista.
Preservando o passado (…) para salvar o futuro
A iniciativa “Faces4Heritage” (Rostos em favor do patrimônio, em tradução livre) aumentou a conscientização de como os extremistas estão destruindo o patrimônio cultural. As iniciativas nas mídias sociais incluem a campanha “Yes, with my face!” (“Sim, com meu rosto!”, em tradução livre), que empodera os cidadãos preocupados em fazer uma declaração contra a destruição do patrimônio cultural.
A campanha “Yes, with my face!” permite que as pessoas combinem metade de uma foto com seu rosto e metade de uma foto de uma antiguidade destruída a fim de criar um avatar. Em apenas alguns passos simples, você pode criar um avatar* para apoiar o projeto.
Silvia De Ascaniis, membro do corpo docente da Università della Svizzera Italiana foi a orientadora dos estudantes que trabalharam na iniciativa. “Tentamos divulgar a mensagem de que quem destrói o passado não tem nenhum futuro”, disse ela.
*site em inglês