Estudantes prosperam em programas que impulsionam comunidades tribais

Com subsídios do governo dos EUA, estudantes ameríndios estão recebendo capacitação para empregos do futuro altamente remunerados. As áreas em destaque incluem energia solar, soldagem e práticas agrícolas inovadoras.

Kyle Kootswatewa, 28, assistente de pesquisa do Instituto de Arte Ameríndia de Santa Fé, Novo México, é um deles. O instituto integra uma das 34 faculdades e universidades tribais dos EUA que recebem financiamento federal do Departamento de Agricultura dos EUA a fim de patrocinar programas de estágios remunerados e certificação.

O instituto incorpora a tradição ameríndia em todos os currículos. “Fiquei surpreso e feliz ao constatar que a sensibilidade cultural é um aspecto importante durante a elaboração de projetos”, afirmou Kootswatewa.

Estudantes sentados ao redor de mesas de uma biblioteca (Lance Cheung/Departamento de Agricultura dos EUA)
Esta biblioteca na Faculdade da Nação Muscogee em Oklahoma foi construída com a ajuda do governo americano (Lance Cheung/Departamento de Agricultura dos EUA)

Cerca de 20 mil estudantes estão matriculados em faculdades e universidades tribais nos Estados Unidos. Essas instituições ocupam um lugar especial no ensino superior, com ênfase em história, conhecimentos e tradições ameríndios.

Na Faculdade Chief Dull Knife em Lame Deer, Montana, por exemplo, um curso de “Etnobotânica” ensina os alunos sobre os usos históricos e contemporâneos de plantas nativas por parte dos povos indígenas cheyenne do norte. A faculdade também oferece um estágio remunerado em soldagem, financiado pelo Departamento de Agricultura dos EUA. Com o diploma de soldador, os formandos têm mais facilidade de encontrar empregos na região cujos salários são três vezes acima da média registrada na reserva cheyenne do norte.

As faculdades tribais possuem o mesmo status das universidades criadas em terras públicas concedidas nos EUA, com possibilidade de financiamento federal para certos programas.

Ciência em terras tribais

Outro programa, do Departamento de Energia dos EUA, permite que estudantes universitários ameríndios façam estágios e aprendam lado a lado com especialistas em energia in situ e em laboratórios nacionais do Departamento de Energia dos EUA.

O Departamento de Energia também faz contato com estudantes mais jovens, promovendo as áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática em comunidades tribais, como ocorreu no Dia da Energia Jovem na Montanha Ute no Colorado em 2016.

O presidente Trump proclamou 25 de novembro como o Dia do Patrimônio Ameríndio e convidou todos os americanos a “aprender sobre a riqueza histórica e cultural do povo ameríndio”.

“Os ameríndios influenciaram cada estágio do desenvolvimento dos Estados Unidos”, afirmou o presidente Trump em uma proclamação*. “Os Estados Unidos são mais fortes quando o território ameríndio é saudável e próspero”, disse o presidente.

* site em inglês