Os Estados Unidos designaram a Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) do Irã como organização terrorista estrangeira em 2019.
“Essa etapa sem precedentes, liderada pelo Departamento de Estado, reconhece a realidade de que o Irã não é apenas um Estado patrocinador de terrorismo, mas que a IRGC participa do terrorismo, financiando-o e promovendo-o como uma ferramenta de diplomacia”, afirmou o presidente Trump em declaração em 8 de abril de 2019*.
“A IRGC é o meio principal do governo do Irã de orientar e implementar sua campanha de terrorismo global”, ele enfatizou.
Em 15 de abril de 2019, a Guarda Revolucionária Islâmica do Irã foi adicionada à lista de organizações terroristas estrangeiras do Departamento de Estado. A lista inclui 67 outras organizações terroristas, inclusive Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica da Palestina, Kataeb Hezbollah e Brigadas Al-Ashtar.
Foi a primeira vez que os Estados Unidos determinam que uma parte de outro governo integra uma organização terrorista estrangeira.
A Guarda Revolucionária Islâmica do Irã surgiu em 1979 a fim de cumprir os objetivos revolucionários do regime tanto internamente como no exterior. A IRGC opera independentemente das forças militares do Irã, respondendo apenas ao supremo líder. Principalmente através de sua Força Quds, a IRGC executa e conduz campanhas terroristas globais perigosas e desestabilizadoras de Teerã.
A IRGC terroriza muitos países
Nos últimos anos, o planejamento terrorista da Força Quds da IRGC foi descoberto e interrompido em muitos países, incluindo Alemanha, Bósnia, Bulgária, Quênia, Bahrein e Turquia. De acordo com um informativo do Departamento de Estado*, a IRGC:
- Arquitetou um ataque terrorista em 2011 contra o embaixador saudita nos EUA em solo americano. (Felizmente, essa conspiração foi frustrada.)
- Foi considerada culpada em 2018 pelo atentado à bomba das Torres Khobar em 1996 na Arábia Saudita, que matou 19 americanos.
- Planejou um atentado à bomba no Quênia e um ataque na Turquia (forças da IRGC foram presas em 2012).
- Envolveu-se em uma conspiração terrorista na Alemanha em 2018. Separadamente, um agente da IRGC foi condenado por conduzir atividades de vigilância em um grupo alemão-israelense.

O secretário de Estado, Mike Pompeo, disse que a IRCG “se disfarça como uma organização militar legítima*, mas nenhum de nós deve ser enganado. Ela viola regularmente as leis do conflito armado; planeja, organiza e executa campanhas de terror em todo o mundo”.
A IRGC também opera e controla grande parte da economia do Irã por meios lícitos e ilícitos, disse o secretário. “Empresas e bancos em todo o mundo têm agora o dever claro de garantir que as empresas com as quais realizam transações financeiras não estejam conectadas à IRGC de nenhuma maneira material.”
Ações têm consequências
O presidente Trump disse que a designação da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã como uma organização terrorista “envia uma mensagem clara a Teerã de que o apoio [iraniano] ao terrorismo tem sérias consequências”.
“Continuaremos a aumentar a pressão financeira e elevar os custos do regime iraniano por seu apoio à atividade terrorista até que abandone seu comportamento maligno e fora da lei”, disse Trump.
Uma versão deste artigo foi publicada anteriormente em 8 de abril de 2019.
* site em inglês